O colonialismo holandês teve início a partir do ano de 1602 quando foi lançada oficialmente a “Companhia Neerlandesa das Índias Orientais” sendo que também é conhecido por “Império Neerlandês” ou “Império Colonial Neerlandês”.
A sua presença se estendeu pelos cinco continentes e apesar de territorialmente não ter sido tão expressivo, conseguiu ter dimensões altamente consideráveis.
A sua administração ficou ao cargo da “Companhia das Índias Orientais” e da “Companhia das Índias Ocidentais” que foram companhias privadas que com o decorrer do tempo, vieram a ter problemas financeiros, levando o governo holandês a tomar posse dos territórios que estavam sob alçada dessas companhias em 1791 e 1815, passando a ser chamados oficialmente de colônias.
Desde as Índias Orientais passando pela colônia do Cabo e até às Caraíbas, os holandeses deixaram até hoje a sua marca de colonialismo. Podemos encontrar essas marcas também no território brasileiro, mais propriamente no Nordeste, quando nos anos de 1624 e 1654 dominaram e tentaram colonizar esta região e depois foram expulsos pelos portugueses.
Eles chegaram a disputar esses territórios durante a Guerra Luso-Neerlandesa, que aconteceu devido ao interesse que eles tinham nos territórios que já haviam sido descobertos pelos portugueses, pois os viam como ideais para terem o controle das rotas comerciais onde também as especiarias tinham muito valor.
Com a importante ajuda dos ingleses, os portugueses decidiram colocar os seus esforços na recuperação do território brasileiro e territórios fundamentais da África como é o caso da Angola, perdendo para sempre a sua influência no Oriente. Desta forma, a independência dos Países Baixos se consolidou e assim foi formado o Império Colonial Holandês.
O começo da expansão colonial holandesa teve início em 1602 com a chegada dos holandeses a Ceilão (território que era português, no atual Sri Lanka) ocasionando guerras em 1636 e 1658. Derivado à sua localização estratégica, era um ponto intermédio de importância entre a África do Sul e a Indonésia.
No continente americano, colonizaram as Antilhas Neerlandesas em 1620 e também Almeirim (município do estado brasileiro no Pará) que foi alvo de construção do “Forte do Morro da Velha Pobre” que mais tarde viria a ser destruído pelos portugueses que os expulsaram. Ainda no Brasil conquistaram a capitania de Pernambuco entre 1633 e 1641 que foi colonizada e expandida, vindo a ser reconquistada pelos portugueses em 1654.
Os holandeses seguiram para as Índias Orientais Neerlandesas na atual Indonésia, fundando em Batavia em 1619 o seu centro de coordenação de operações neerlandesas. O Taiwan foi também alvo de interesse derivado ao comércio com a China e controlaram a zona sul da ilha entre 1624 e 1662. Também a Nova-Guiné Neerlandesa (atual Papua) não escapou entre 1949 e 1962.
Os Novos Países Baixos (costa nordeste dos Estados Unidos da América) também foram visitados e colonizados pela Companhia Neerlandesa das Índias Ocidentais e no Suriname foi firmado como sua posse em 1674. Na África, a Angola foi alvo de ataque em 1624, mas o rei angolano Mwene Kongo formou uma aliança com os portugueses para que eles reconquistassem o local e foi um sucesso.
Também marcaram presença no atual Gana (Costa do Ouro Neerlandesa) em 1637 e a Colónia do Cabo (atual África do Sul) em 1652 que ficou conhecido como o período de ouro do colonialismo holandês.
Referências:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Imp%C3%A9rio_Colonial_Holand%C3%AAs
https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%8Dndias_Orientais_Neerlandesas
https://www.oclarim.com.mo/todas/memoria-do-legado-holandes-no-oriente