Constantino I tornou-se imperador romano após a morte de Constâncio Cloro, seu pai, em 306. Também é conhecido como Constantino, o Grande. Sua chegada ao poder marcou o início da ascensão do cristianismo no Império Romano. Ele governou o Império até a sua morte em 337. Quando subiu ao poder o Império Romano passava por uma forte crise, correndo risco de desintegração. Por ser um homem combativo, liderou diversas batalhas. Foi durante as guerras civis, derrotando os imperadores Magêncio e Licínio, que se sagrou imperador. Com o Império dividido em duas porções: do Oriente e do Ocidente, Constantino foi responsável por construir uma nova morada no Bizâncio, que, por sua causa, passou a ser chamada de Constantinopla, a capital do Império Romano do Oriente, ou do Império Bizantino. O governo de Constantino marca a presença do cristianismo e o início de governos cristãos no Império Romano.
No período em que se tornou imperador o cristianismo era visto como uma ameaça aos romanos e diversos foram os imperadores que o antecederam que perseguiram os cristãos. Em 323 Constantino passou a estimular o cristianismo, promovendo a nova religião. Mesmo que o cristianismo tenha sido fortalecido e divulgado em Roma, não se tornou a religião oficial do Estado, que continuou a ser o paganismo.
O Imperador encarnava e representava o Estado e a religião. Uma de suas principais preocupações durante seu governo foi para com a promoção do cristianismo, ao qual se converteu em. Uma série de reformas foram por ele levadas a cabo: ele transformou os cargos administrativos, diminuindo o poder da guarda pretoriana; passou a contar não somente com cidadãos romanos mas também com camponeses e bárbaros nas fileiras do exército; criou novos impostos e novas moedas, aumentando a arrecadação e, consequentemente, a receita do Império; buscou promover reformas na conduta moral dos cidadãos romanos, baseado na moral cristã, ou seja, promovendo a caridade e o direito dos escravos mas também colocando-se contrário à práticas comuns tais como a prostituição. Ainda que o paganismo tenha continuado como religião oficial, Constantino tratou de promover a Igreja Cristã, auxiliando financeiramente a construção de templos.
Uma das principais marcas de seu governo foi o investimento em construções. Não apenas de edificações e obras públicas estruturais, mas, também, de uma nova capital para o Império Romano do Oriente, fundada em 330, e nomeada Constantinopla após a morte do Imperador. A nova capital tinha um senado e suas instituições, mas, diferente de Roma, era uma cidade marcada pelo cristianismo.
Constantino foi o primeiro imperador a professar a fé cristã e a promover deliberadamente o cristianismo, embora não tenha sido batizado. Criou seus filhos dentro desta profissão de fé e a fez presente durante todo o seu governo, incentivando-a. Na época se consolidaram os dogmas cristãos, baseados em tradições, como, por exemplo, a guarda do domingo para o repouso. Foi a partir da ascensão de Constantino ao poder que o cristianismo se difundiu, penetrando em diversas camadas sociais com mais facilidade, conquistando escravos, camponeses, mas também membros das elites. Portanto, para promover boas relações no Império passou a ser necessária a mediação com os cristãos, que representavam força e união imperial. Aos poucos os cultos pagãos passaram a ser condenados e em 380 o cristianismo se tornou a religião oficial do Império Romano.
Referência:
GIORDANI, Mario Curtis. História de Roma: A antiguidade Clássica II. Petrópolis, Ed. Vozes, 2001.