A dinastia Ming foi a dinastia que governou a China no período de 1368 a 1644. Ela foi marcada por reconciliar toda a tradição chinesa, más também tem como característica a intolerância para com influências externas.
O estado sustentado pelos Ming construiu uma vasta Marinha e um grande Exercito, que dizem que poderia ter chegado a um milhão de de soldados. Também, nesse período, havia um grande numero de projetos de construções como a restauração do Grande Canal da China (o rio artificial mais antigo do mundo), e da Muralha da China. Estima-se que nesse momento, de 1368 a 1644, a população da China estava entre 160 a 200 milhões de pessoas, e atualmente passa os 1,3 bilhão, o que faz da China uma grande potencia populacional há muito tempo atrás.
O Imperador de destaque nesse período foi Hongwu ( 1368 a 1398) que tentou criar uma sociedade de comunidades rurais que seriam autossuficientes agricolamente, não precisando assim dos grandes centros urbanos da época. Com essa reformulação da base agrícola, houve um inesperado efeito de superprodução, cujo excedente era vendido, e com toda essa produção para ser vendida houve também um crescimento muito significativo dos comércios em determinadas rotas.
O comercio Chinês acompanhado pela agricultura, até o seculo XVI, era a base da economia e foi muito estimulada pelo comercio marítimo Português, Espanhol, e Holandês, se envolvendo até mesmo no que chamam de “comércio colombiano”, que é o comercio mundial de bens, plantas, animais e culturas alimentares. Todo esse comercio com potências Europeias e com seu vizinho Japão, que era uma potencia asiática, trouxe muita riqueza para China, principalmente a prata que substituiu o cobre como moeda de troca. Já na ultimas décadas da dinastia Ming a quantidade de prata em território Chines havia diminuído muito, o que comprometia toda receita estatal, e também, toda a economia Chinesa. Para piorar a situação, houve o que os Chineses chamam de “pequena era do gelo”, que devastou a agricultura chinesa, proporcionando más colheitas e epidemias.
Podemos perceber que um dos pilares da base da economia Chinesa era a agricultura. Com essas calamidades naturais denominadas “pequena era do gelo” há uma defasagem de quase toda a colheita, fazendo com que os agricultores percam muito na produção. Com isso, quem perde são os comerciantes, pois não tem muitos alimentos para vender, e assim a população não tem alimentos em grande quantidade para comprar. Seguindo esse raciocínio, há então uma diminuição no padrão da vida dos Chineses, gerando revoltas e o surgimento de lideres rebeldes como Li Zicheng que começaram a desafiar a autoridade dos Imperadores Ming.
Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/historia/dinastia-ming/