O Egito, dentre todas as sociedades do Oriente Próximo Antigo, é a civilização mais rica de material arqueológico,sendo então a civilização com mais fontes históricas para pesquisa. Entre o período de 5000 e 3000 a.C, acontece o surgimento do reino unificado do Egito. À partir do período Pré Dinástico,começam à surgir mudanças sociais drásticas notadas pela arqueologia.Estudos arqueológicos ao sul do Vale do Nilo Egípcio,revelaram que no final do período Pré-Dinástico já se encontravam lá uma população numerosa,aglomerada em construções fortificadas,com um templo de prestígio,e com boas condições de irrigação propiciadas pelas cheias do Nilo.
A diversificação na sofisticação das tumbas mostra diferenças sociais marcantes,lá pela segunda metade do quarto milênio.Ruínas como essa,mostram que para serem construídas,se necessitava de algum tipo de tributo,para armazenar excedente de cereais e manter a alimentação dos trabalhadores.Lá foram encontrados também vasos de pedra e objetos cerimoniais,o que aponta a existência de artesãos qualificados,grandes celeiros,objetos de cobre,o que mostra domínio da metalurgia,que pressupõe a exploração de minas e armazenamento de minério.As obras de irrigação parecem estar intimamente ligadas à formação de cerca de 14 dezenas de entidades territoriais regionais,que mais tarde funcionariam como províncias do reino unificado. Ambas as civilizações, egípcia e mesopotâmica,se baseavam na irrigação fluvial,por períodos de seca e cheias dos rios,Nilo e Eufrates e Tigres respectivamente.A grande diferença é que as cheias do Nilo,apesar de fertilizadoras,não são tão destrutivas como as cheias dos rios Eufrates e Tigres.Sendo assim,o sistema de irrigação Egípcio não se comparava com o sistema Mesopotâmico.O deserto os protegia de ameaças estrangeiras.
Os Egípcios dependiam menos do comércio estrangeiro,pois possuíam minas de cobre,ouro e estanho,além de pedras para construção.A urbanização plena,o comércio exterior em larga escala,e a divisão do trabalho só foram ocorrer depois da formação de uma monarquia unificada,que retia a maioria dos recursos para proveito próprio.Essa monarquia Egípcia,era composta basicamente por um rei que se intitulava a encarnação de uma divindade,sendo ele o centro do governo. Ele agia como monarca, sacerdote, divindade e juiz ao mesmo tempo. Atuava nos âmbitos administrativo,militar,judiciário,e sacerdotal.Embora o caráter da sucessão fosse hereditário, a divindade do faraó só era reconhecida na coroação.Em meados do terceiro milênio,com a quarta dinastia,se inaugura a era dos construtores das grandes pirâmides,aonde o poder monárquico atinge seu auge,caracterizado por grandes construções demonstrando força e poder,que dura quatro séculos.Nesse período,as instituições estatais já estão totalmente organizadas,como é indicado pela hierarquização de funcionários,com o fim do nepotismo,e com a formação da burocracia.A religião Egípcia também era politeísta,e se apresentava menos organizada do que a religião mesopotâmica.Como na religião Mesopotâmica,os templos eram grandes edifícios,fechados à população,e suas estátuas só saiam dos templos nos festivais.A crença no pós morte era forte,e eles criaram várias técnicas de mumificação para conservar os mortos para o além-vida.As pirâmides eram os túmulos dos faraós.Só na sexta dinastia os sacerdotes se diferenciam na casta estatal,elevando seu status social e recebendo uma hierarquia.
Por volta de 2150 a.c,se inicia a decadência do império monárquico Egípcio,ocasionando a divisão temporária do país,e à ocorrência de invasões asiáticas do Delta,até a reunificação em 2040,quando se inicia o reino médio.
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Escrito por José Borges (Xan)