A Emenda Platt foi um dispositivo Constitucional assinado pelo Senado norte-americano em 1901, para garantir que os Estados Unidos pudessem intervir política e militarmente na ilha de Cuba.
No final do século XIX, após a independência, os norte-americanos trataram de se livrar dos interesses comerciais europeus para conquistar de vez a hegemonia no continente.
Com políticas articuladas, os Estados Unidos apoiaram a descolonização dos países vizinhos para tê-los como aliados e atingir seus interesses geopolíticos e econômicos de forma efetiva.
Com Cuba não foi diferente. Em 1898, o intelectual José Martí liderou um processo de independência da ilha, que estava sob domínio da Espanha. Ágeis, os governantes dos Estados Unidos viam na ilha uma grande possibilidade de expansão comercial e apoiaram os cubanos na expulsão dos espanhóis.
Os norte-americanos venceram e impuseram a assinatura do Tratado de Paris, que dava aos Estados Unidos o direito de controlar Cuba.
Antes de elaborar uma Constituição cubana, os Estados Unidos elaboraram a Emenda Platt para garantir que a ilha estaria sob seu controle total, com o argumento de que, desta forma, Cuba estaria ‘protegida’ das invasões europeias.
A Emenda Platt deixou Cuba sob domínio norte-americano até 1933, ano em que o soldado e ditador Fulgêncio Baptista assumiu o governo cubano pela primeira vez.
Segundo Fidel Castro, socialista que derrubou a ditadura de Baptista em 1959, a emenda determinada pelos Estados Unidos só contribuiu para a intensificação do colonialismo econômico da ilha.