Lista de questões de vestibulares sobre a expansão marítima dos países europeus. Ler artigo Expansão marítima.
A conquista de Constantinopla pelos turcos, em 1453, interrompeu o comércio por terra entre a Europa e a Ásia, obrigando os europeus a buscarem novas rotas comerciais, agora pelo mar. Esse fato beneficiou os países atlânticos e ajudou a deslocar o eixo econômico para a Europa Ocidental. Portugal e Espanha tomaram a dianteira nesse processo, que ficou conhecido como expansão marítima.
Além do acontecimento da tomada de Constantinopla e suas decorrências, algumas outras condições favoreceram os países ibéricos na expansão marítima, entre elas:
A existência de uma burguesia mercantil forte, responsável pelo financiamento e administração do empreendimento marítimo sem a participação do Estado.
Um sólido conhecimento das rotas do Oceano Atlântico, apesar da inexistência de instrumentos seguros de navegação.
A centralização política e administrativa dos Estados português e espanhol, em torno de monarquias absolutistas.
A disponibilidade de um grande excedente populacional para as viagens marítimas, além dos pequenos riscos dessas viagens para as tripulações das embarcações.
A restrição do mercado de especiarias do Oriente, com a busca conseqüente de novos mercados no Ocidente.
Com o processo de expansão marítima, empreendido nos séculos XV e XVI, Portugal constituiu-se como um império ultramarino, espalhado em diversas regiões do globo.
Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as afirmações abaixo, sobre a história do Império português e da colonização no Brasil.
( ) A organização das instituições eclesiásticas nas colônias lusitanas foi estabelecida a partir da subordinação do Estado português à Igreja católica, prevista no chamado padroado régio. ( ) O Estado português valeu-se, pela primeira vez no Brasil, do trabalho escravo de africanos, posteriormente estendendo o mesmo procedimento ao conjunto das suas colônias. ( ) A estrutura política do Império português foi marcada por redes de poder locais que permitiam aos colonos um considerável grau de autonomia política e econômica, tornando, muitas vezes, conflitivas as relações entre metrópole e colônias. ( ) Os colonos e os mercadores estabelecidos no Brasil não mantinham relações comerciais com as colônias africanas, pois todo o sistema mercantil português estava centrado na metrópole, por onde necessariamente passavam os produtos comercializados.
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:
V – V – V – F.
V – V – F – V.
F – F – V – F.
F – V – V – F.
F – F – F – V.
Na edição de julho de 1818 do Correio Braziliense, o jornalista Hipólito José da Costa, residente em Londres, publicou a seguinte avaliação sobre os dilemas então enfrentados pelo Império português na América:
A presença de S.M. [Sua Majestade Imperial] no Brasil lhe dará ocasião para ter mais ou menos influência naqueles acontecimentos; a independência em que el-rei ali se acha das intrigas europeias o deixa em liberdade para decidir-se nas ocorrências, segundo melhor convier a seus interesses. Se volta para Lisboa, antes daquela crise se decidir, não poderá tomar parte nos arranjamentos que a nova ordem de coisas deve ocasionar na América.
Nesse excerto, o autor referia-se:
aos desdobramentos da Revolução Pernambucana do ano anterior, que ameaçara o domínio português sobre o centro-sul do Brasil.
às demandas da Revolução Constitucionalista do Porto, exigindo a volta imediata do monarca a Portugal.
à posição de independência de D. João VI em relação às pressões da Santa Aliança para que interviesse nas guerras do rio da Prata.
às implicações que os movimentos de independência na América espanhola traziam para a dominação portuguesa no Brasil.
ao projeto de D. João VI para que seu filho D. Pedro se tornasse imperador do Brasil independente.
No que se refere à crise do colonialismo português na África na segunda metade do século XX,
a Era das Revoluções, ao implicar a abolição do tráfico transatlântico de escravos para as Américas, erodiu as bases do domínio de Portugal sobre Angola e Moçambique.
Portugal, com um poder de segunda ordem no concerto europeu, se viu alijado das deliberações da Conferência de Berlim, perdendo assim o domínio sobre suas colônias.
as independências de Angola e de Moçambique foram marcadas por um processo relativamente pacífico, que envolveu ampla negociação com os poderes metropolitanos em Portugal.
o processo de independência das colônias portuguesas, ao contrário do que ocorreu nas colônias inglesas e francesas, não se relacionou às polarizações geopolíticas da Guerra Fria.
o movimento de independência colonial foi decisivo para o processo de transformação política em Portugal, ao acelerar a crise do regime autoritário nascido no período entre-guerras.