Lista de questões de vestibulares sobre o Golpe Militar ocorrido em 1964. Ler artigo Golpe Militar de 1964.
Considerando-se os fatores que contribuíram para a longevidade do regime militar no Brasil, é CORRETO afirmar que foi de grande relevância:
a combinação entre a ordem constitucional, amparada pela Constituição de 1967, e a arbitrariedade, expressa em sucessivos Atos Institucionais.
a manutenção de um sistema político representativo, com eleições indiretas em todos os níveis, exceto para a Presidência da República.
o desenvolvimento econômico-social do País, acompanhado de um constante crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).
o rodízio de lideranças políticas entre as Forças Armadas, por meio de eleições indiretas no âmbito do Comando Supremo da Revolução.
"Organizadas em oposição a João Goulart, as Marchas da Família se transformaram em forte apoio ao governo militar, reunindo uma massa de civis, nas capitais e interior do país." (REVISTA DE HISTÓRIA DA BIBLIOTECA NACIONAL. Ano 1, n. 8, fev./mar. de 2006. p. 60.)
Relacionando o fragmento acima ao golpe militar no Brasil, é correto afirmar:
As torturas e as perseguições políticas são matérias para ficção, pois o Brasil sempre foi um país estável politicamente.
Havia receio dos setores mais progressistas do Brasil de que os norte-americanos invadissem o país.
O medo, em relação ao comunismo, não existia no meio social, posto que o país, em especial suas elites, sempre foi simpático às idéias comunistas.
Por ocasião do golpe houve um movimento civil conservador, inicialmente organizado em oposição ao governo do presidente trabalhista João Goulart, manifestado nas Marchas da Família com Deus pela Liberdade.
Não houve exílio de brasileiros, pois a Constituição de 1967 garantia a liberdade de expressão política.
No período anterior ao golpe militar de 1964, os documentos episcopais indicavam para os bispos que o desenvolvimento econômico, e claramente o desenvolvimento capitalista, orientando-se no sentido da justa distribuição da riqueza, resolveria o problema da miséria rural e, consequentemente, suprimiria a possibilidade do proselitismo e da expansão comunista entre os camponeses. Foi nesse sentido que o golpe de Estado, de 31 de março de 1964, foi acolhido pela Igreja. MARTINS, J. S. A política do Brasil: lúmpen e místico. São Paulo: Contexto, 2011 (adaptado).
Em que pesem as divergências no interior do clero após a instalação da ditadura civil-militar, o posicionamento mencionado no texto fundamentou-se no entendimento da hierarquia católica de que o(a):
luta de classes é estimulada pelo livre mercado.
poder oligárquico é limitado pela ação do Exército.
doutrina cristã é beneficiada pelo atraso do interior.
espaço político é dominado pelo interesse empresarial.
manipulação ideológica é favorecida pela privação material.
“Nas universidades, os paradoxos e as ambiguidades do regime militar se manifestaram plenamente, revelando a complexidade dessa experiência autoritária. De fato, o regime político construído a partir de 1964 teve dupla dimensão: ele foi, simultaneamente, destrutivo e reformador, e, nunca é demais ressaltar, o seu impulso modernizador foi viabilizado por meios repressivos”. (MOTTA, Rodrigo de Sá. A ditadura nas universidades: repressão modernização e acomodação. IN. Revista Ciência & Cultura: temas e tendências, Universidade na Ditadura Militar, Revista da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência. Ano 66, outubro de 2014, p. 2126)
O texto acima nos inspira a refletir sobre um dos momentos mais significativos da História do Brasil. Sobre esta temática é correto afirmar:
Os grupos liberais, conservadores, reacionários, nacionalistas autoritários e até reformistas moderados, apesar de sua heterogeneidade ideológica, foram contrários ao golpe de 1964, pois acreditavam nas reformas de João Goulart como mecanismo de solução para os problemas brasileiros da época;
O golpe de 1964, seguia a tradição política brasileira enraizada desde os anos de 1930, sendo a preocupação maior o combate aos reformistas, se possível até com a adesão dos comunistas;
A campanha contra os comunistas foi a principal justificativa de apoio ao golpe de 1964 aos olhos de parte expressiva da opinião pública, o que gerou expurgos que afetaram setores progressistas da sociedade;
O regime militar combateu e censurou as ideias de esquerda e tudo mais que achasse perigoso e desviante, mas não conseguiu controlar e subjugar o movimento estudantil que permaneceu livre no combate ao regime militar sem sofrer o impacto da repressão;
Considerando os países do cone sul, o Brasil é o único em que os agentes repressivos da ditadura foram punidos, diante das pressões internas e de agências internacionais de defesa dos direitos humanos.