Geralmente chefiados por um ditador, os governos militares utilizam-se de seu poder bélico para chegar ao poder. Esta forma de domínio sobre uma nação caracteriza-se como golpe de estado e ocorreu em diversos continentes, principalmente com o final da Guerra Fria e a polarização do globo entre capitalistas e comunistas. Entre as características destes regimes, está a propaganda política institucional, que cultua a personalidade do ditador. Com tal artifício, a opinião da população é manipulada de forma consciente e até mesmo inconsciente (mensagens subliminares).
Outro fator que mantém os opositores longe do poder é a censura. Com ela, as informações que confrontam os governos militares são previamente retiradas de circulação. Normalmente, as ditaduras colocam censores entre os meio de comunicação, assim obtêm as informações sobre quais veículos são contra o regime. Após a descoberta, fecham jornais, televisões e rádios; que ganham a alcunha de subversivos.
Diversas ditaduras foram impostas na América Latina, a maioria delas patrocinada pelos Estados Unidos, que queria conter o avanço das ideias comunistas no terceiro mundo. Grande número delas foi formada por golpes militares como, por exemplo:
No Brasil, o governo militar entrou no poder no dia nove de abril de 1964, quando tropas de Minas Gerais e São Paulo saíram às ruas e fizeram com que o então presidente, João Goulart, se refugiasse no Uruguai. Após tomar o poder, os militares decretaram o Ato Institucional Número 1 (AI-1), cassando mandatos políticos de opositores ao regime militar. Porém, muito antes deste golpe, o Estado Novo de Getúlio Vargas já impunha uma ditadura no Brasil (anos 30).
Já no Chile, o ditador foi Pinochet. No mês de setembro de 1973, Pinochet e um grupo de militares deram um golpe de estado e o Chile passou a viver uma ditadura preocupada em perseguir a oposição das esquerdas nacionais e atender os interesses norte-americanos. Outras ditaduras ocorridas na América Latina foram a Stroessner, no Paraguai, Juan Vicente Gómez (Venezuela). No caso da Argentina, houve a chegada de militares ao poder, porém, como toda regra tem sua exceção, estes não eram ditadores. Juan Domingo Perón foi eleito de forma democrática.
Na Europa, houve a ditadura de António Oliveira Salazar, em Portugal. Na Alemanha, os nazistas também formavam um regime militar tendo Hitler como ícone principal, assim como Mussolini fez na Itália. Na Ásia, Mohamed Reza Pahlevi dominou o Irã, sendo derrubado em 1979. Na Indonésia, o ditador foi o general Sukarno, nas Filipinas, Ferdinand Marcos e no Camboja, houve a ditadura militar do General Lon Nol sucedida pelo governo do Khmer Vermelho sob o comando de Pol Pot.