Exercícios e questões de vestibulares sobre as Grandes Navegações. Ler artigo Grandes Navegações.
Todo homem de bom juízo, depois que tiver realizado sua viagem, reconhecerá que é um milagre manifesto ter podido escapar de todos os perigos que se apresentam em sua peregrinação; tanto mais que há tantos outros acidentes que diariamente podem aí ocorrer que seria coisa pavorosa àqueles que aí navegam querer pô-los todos diante dos olhos quando querem empreender suas viagens.
J. P. T. Histoire de plusieurs voyages aventureux. 1600. In: DELUMEAU, J. História do medo no Ocidente: 1300-1800. São Paulo: Cia. das Letras, 2009 (adaptado).
Esse relato, associado ao imaginário das viagens marítimas da época moderna, expressa um sentimento de:
gosto pela aventura
fascínio pelo fantástico
temor do desconhecido
interesse pela natureza.
purgação dos pecados.
A descoberta europeia da América, ou o achamento como pensam outros, não foi um acontecimento isolado da história europeia, tendo em vista que:
A viagem de Colombo representou o fechamento súbito do sistema transoceânico de comércio e navegação, uma vez que a África ficou isolada das transações comercias com os europeus.
A grande inovação dos marinheiros e mercadores do século XV, dentre eles os portugueses, foi saber como os ventos e as correntes do oceano Atlântico podiam ser utilizados para permitir as viagens entre os continentes.
Foi a partir das viagens de Colombo que o astrolábio e o quadrante, instrumentos que facilitavam as leituras das posições dos corpos celestes, foram inventados, no século XVI.
Durante séculos, os marinheiros europeus tinham visto apenas o contorno do mundo oceânico, com a viagem de Colombo, os franceses partiram na frente e foram únicos no contato intercontinentais.
A viagem de Colombo permitiu a superação das rotas comerciais com as Índias Orientais contornando a África, pois o comércio passou a ser predominantemente no Atlântico Norte.