Guerra Anfíbia

Por Gabriella Porto
Categorias: História
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A guerra anfíbia é um tipo de operação militar ofensiva que utiliza embarcações de guerra para progredirem em terra, ou força aérea para proteger uma costa potencialmente hostil. Ao longo da história, as operações foram realizadas com barcos e navios como o principal método de envio de tropas para a praia. Desde a Campanha de Galípoli, as embarcações foram ficando cada vez mais especializadas para operações de desembarque rápido de tropas, suprimentos e veículos, inclusive para a inserção de soldados de elite usando barcos rápidos, barcos infláveis resistentes e, até de mini-submarinos.

O termo "anfíbio" surgiu pela primeira vez nos EUA, durante a década de 1930, após projeto do carro sobre lagarta anfíbio, onde os primeiros protótipos foram chamados de Alligator e Crocodile, jacaré e crocodilo, respectivamente, em português, apesar de nenhuma dessas espécies animais serem de fato anfíbias. A guerra anfíbia inclui operações definidas por seu tipo, objetivo, tamanho e forma que é realizada.

Desde o século XX, o desembarque anfíbio de tropas em uma cabeça de praia é reconhecida como a mais complexa de todas as manobras militares. Essa empreitada requer uma complexa coordenação de inúmeras especializações militares, incluindo força aérea, fogo de artilharia naval, transporte naval, planejamento logístico, equipamentos específicos, combate terrestre, além da necessidade de um treinamento extensivo sobre todos os detalhes da manobra para todo o pessoal envolvido.

Uma operação anfíbia é tão semelhante quanto diferente em muitos aspectos se comparada à uma operação terrestre, aérea ou naval. Nessas operações, incluem-se as fases de planejamento estratégico e de preparação, o trânsito operacional para o campo da operação, ensaios exaustivos, desembarque, desembarques de tropas especializadas, a consolidação da cabeça de praia, a progressão terrestre e o controle do espaço aéreo. Historicamente, uma parte vital do sucesso de operações militares, é a eficiência da logística militar, além do apoio naval e aéreo. Outro fator é a variedade e quantidade de veículos especializados e equipamentos utilizados pela força de desembarque, que são projetados para as necessidades específicas deste tipo de operação.

As operações anfíbias podem ser classificados como táticas ou operacionais. Desembarques em ilhas com menos de 5.000km² são, geralmente, operações táticas, onde os soldados realizam um número limitado de objetivos, neutralizando defensores inimigos, e obtendo uma nova base de operações. Esse tipo de operação pode ser preparada e planejada em dias ou semanas, pode usar uma força-tarefa naval para desembarcar uma força inferior à uma divisão de tropas.

Já a intenção dos desembarques operacionais é, geralmente, explorar as vulnerabilidades de costa inimiga indefesa, forçando uma redistribuição de forças, utilização de tropas reservas, desviando a atenção dos inimigos de um outro lugar. Tal operação exige semanas a meses de preparação e planejamento, o uso de várias forças-tarefas, ou até mesmo uma frota naval completa, como a Batalha de Inchon e a Operação Overlord (a Batalha da Normandia). Tais operações exigiram várias formações navais e aéreas para apoiar os desembarques, além do forte uso de inteligência militar no planejamento.

Apesar da maioria das operações anfíbias serem desembarques em praia, elas podem tomar vantagem de vulnerabilidades costeiras, levando as tropas diretamente para um ambiente urbano, se a força inimiga não for capaz de detê-la. Nesse caso, navios não especializados podem ser usados para o desembarque de tropas, veículos e suprimentos.

Registros históricos mostram que as operações anfíbias precedem o século XVIII em alguns milênios com os povos do mar que ameaçavam o reino do faraó Akhenaton, ou com as cidades-estados helênicas que rotineiramente recorreram a combates com desembarque de tropas pelas costas. A maior operação anfíbia até Galípoli aconteceu em 9 de Setembro de 490 a.C., aconteceu no desembarque dos persas na Batalha de Maratona.

Fontes:

http://sistemasdearmas.com.br/ggn/ggn10ganf.html
http://en.wikipedia.org/wiki/Amphibious_warfare
http://science.howstuffworks.com/amphibious-warfare-info.htm

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