Guerra ao Terrorismo

Por Antonio Gasparetto Junior

Mestrado em História (UFJF, 2013)
Graduação em História (UFJF, 2010)

Categorias: Estados Unidos, Idade Contemporânea
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A Guerra ao Terrorismo é uma iniciativa dos Estados Unidos para combater os atentados terroristas no mundo.

Em 2001, o mundo assistiu ao vivo pela televisão o maior atentado terrorista de todos os tempos. Na manhã do dia 11 de setembro daquele ano, dois aviões tomados por terroristas suicidas colidiram com o maior símbolo econômico dos Estados Unidos, as duas torres do World Trade Center em Nova York. A ação terrorista fez as duas torres desabarem e matou milhares de pessoas inocentes. O evento chocou o mundo todo, pessoas de várias nacionalidades foram vítimas do terrorismo.

O ocorrido naquele dia desencadeou uma reação dos Estados Unidos, país que ficou com o orgulho profundamente ferido. Na periodização da história mundial, muitos apontam o ano de 2001 como o divisor da História Contemporânea e da História Pós-Contemporânea.

Naquela mesma data, os Estados Unidos, liderados pelo então presidente George W. Bush, anunciou um movimento militar chamado de Guerra ao Terrorismo. A iniciativa fazia parte de uma estratégia global de combate ao terrorismo. De início, a medida denotava um forte caráter religioso e conservador, Bush chegou a usar os termos “Guerra ao Terror” e “Eixo do Mal”, propagando o que ficou chamado por Doutrina Bush.

Para combater o terrorismo, foram associados esforços simultâneos nos campos político-diplomático, econômico, militar e de inteligência. Como os terroristas não representam um exército oficial de um Estado, os alvos do combate ao terrorismo passaram a ser os países que apóiam movimentos ou grupos terroristas, ou seja, os mesmos que integravam o chamado Eixo do Mal.

As operações militares contra o terrorismo tiveram início, os Estados Unidos invadiram e ocuparam militarmente o Afeganistão e o Iraque. No primeiro país a ocupação se deu pela caçada a Osama Bin Laden, líder do grupo terrorista que assumiu o atentado do dia 11 de setembro de 2001. As tropas estadunidenses tomaram o Afeganistão em procura do terrorista e promoveu o suposto estabelecimento da democracia. Até hoje Osama Bin Laden não foi encontrado pelo exército dos Estados Unidos. Já a invasão no Iraque se deu com a justificativa de que o país possuía armas biológicas de destruição em massa. O exército estadunidense mais uma vez defendeu a implantação da democracia e caçou o líder iraquiano, Saddam Hussein. Este foi encontrado pelos militares escondido em um buraco, recebeu a condenação de pena de morte e morreu enforcado.

Entretanto a iniciativa de combate ao terrorismo originada pelos Estados Unidos é muito questionada, há algumas controvérsias que colocam em dúvida a credibilidade da ação. Uma delas se baseia no fato de que foram os Estados Unidos e os aliados da OTAN que definiram os países apoiadores do terrorismo. China e Rússia aproveitaram para anexar separatismo e extremismo ao terrorismo e assim justificar o combate a seus adversários políticos.

O objetivo que era de combater o terrorismo é controverso no caso da invasão do Iraque, pois o país não tinha atentados terroristas antes da invasão dos Estados Unidos. Por isso alguns críticos argumentam que a Guerra ao Terrorismo tem objetivos menos defensivos e mais ofensivos para garantir a expansão das bases militares estadunidenses no mundo e propiciar o controle de regiões estratégicas pela circulação de riquezas ou reservas de petróleo e gás natural.

O certo é que hoje os Estados Unidos ainda ocupam territórios no Oriente Médio e os gastos com a Guerra ao Terrorismo já superaram os custos das Guerras da Coréia e do Vietnã.

Leia mais:

Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_ao_Terror
https://web.archive.org/web/20150514235040/http://movv.org/2007/12/14/os-custos-da-guerra-ao-terrorismo-batem-os-custos-das-guerras-da-coreia-e-do-vietname/
http://www.comciencia.br/reportagens/guerra/guerra14.htm

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