Lista de questões sobre a Guerra Fria, retiradas de provas de vestibulares e concursos. Ler artigo Guerra Fria.
“A guerra consiste não só na batalha, ou no ato de lutar, mas num período de tempo em que a vontade de disputar pela batalha é suficientemente conhecida”.
A afirmação de Thomas Hobbes (1588 – 1679) se encaixa bem ao período conhecido como Guerra Fria, fenômeno pós Segunda Guerra Mundial, que durou cerca de 45 anos. No Brasil, um dos principais efeitos desta conjuntura internacional foi:
A formação de um bloco independente à União Soviética (URSS) e aos Estados Unidos (EUA), liderado pelo Brasil na América do Sul.
O apoio aos EUA em troca do abrandamento da dívida externa naquele momento.
A adesão ao bloco liderado pelos EUA, apesar da permanência das relações diplomáticas com a URSS.
A extinção legal do Partido Comunista Brasileiro pelo governo Dutra (1946 – 1951).
A adesão ao bloco liderado pela URSS, comandada pelo então presidente Getúlio Vargas, tendo em vista o apoio aos direitos trabalhistas no Brasil.
Considere o trecho abaixo, sobre a Guerra Fria:
(...) apesar da retórica apocalíptica de ambos os lados, mas sobretudo do lado americano, os governos das duas superpotências aceitaram a distribuição global de forças no fim da Segunda Guerra Mundial, que equivalia a um equilíbrio de poder desigual mas não contestado em sua essência. (HOBSBAWM, Eric. Era dos extremos: o breve século XX, 1995, p. 224.)
Sobre o tema, é correto afirmar:
Os EUA possuíam maior quantidade de países aliados, enquanto a influência da URSS era maior quanto à extensão territorial total, o que equilibrava suas forças.
Uma característica marcante da Guerra Fria é que, em termos objetivos, o perigo de ocorrer uma guerra mundial era mínimo, quase inexistente.
EUA e URSS respeitavam a orientação do Protocolo da ONU de não desenvolverem nem manterem arsenais nucleares durante a Guerra Fria.
Ao final da Segunda Guerra Mundial, EUA e URSS firmaram um acordo, no sentido de não se atacarem mutuamente, nem aos aliados uns dos outros.
Durante a Guerra Fria, a propaganda foi pouco utilizada pelas duas superpotências como recurso para estabelecer limites nas ações do adversário.
Sobre as relações geopolíticas no mundo atual, assinale a(s) proposição(ões) CORRETA(S).
Após a Segunda Grande Guerra, o mundo dividia-se ideologicamente em três grandes blocos: países de economia agroexportadora, sob influência soviética; países industrializados, sob hegemonia norte-americana e ainda os países de economia planejada ou planificada, não filiados a blocos hegemônicos.
Na atualidade, com a denominada globalização, não existem propriamente países dominados e países dominantes, mas um mundo em constante transformação onde a cooperação entre eles se dá de maneira profunda e intensa.
Durante os anos 1950 e nas duas décadas seguintes à Guerra Fria, estabeleceu-se um marco diferencial entre grandes blocos de poder: os países que compunham o primeiro mundo (ricos e industrializados), o segundo mundo (países de economia planificada) e o terceiro mundo (países pobres e agroexportadores).
A Guerra Fria foi caracterizada como uma divisão entre os países que compunham a área de influência dos Estados Unidos e outros sob hegemonia da União Soviética.
Do ponto de vista geopolítico, a Guerra Fria dividiu a Europa em dois blocos. Essa divisão propiciou a formação de alianças antagônicas de caráter militar, como a OTAN, que aglutinava os países do bloco ocidental, e o Pacto de Varsóvia, que concentrava os do bloco oriental. É importante destacar que, na formação da OTAN, estão presentes, além dos países do oeste europeu, os EUA e o Canadá. Essa divisão histórica atingiu igualmente os âmbitos político e econômico que se refletia pela opção entre os modelos capitalista e socialista.
Essa divisão europeia ficou conhecida como:
Cortina de Ferro
Muro de Berlim
União Europeia
Convenção de Ramsar.
Conferência de Estocolmo.
O fim da Guerra Fria e da bipolaridade, entre as décadas de 1980 e 1990, gerou expectativas de que seria instaurada uma ordem internacional marcada pela redução de conflitos e pela multipolaridade.
O panorama estratégico do mundo pós-Guerra Fria apresenta:
o aumento de conflitos internos associados ao nacionalismo, às disputas étnicas, ao extremismo religioso e ao fortalecimento de ameaças como o terrorismo, o tráfico de drogas e o crime organizado.
o fim da corrida armamentista e a redução dos gastos militares das grandes potências, o que se traduziu em maior estabilidade nos continentes europeu e asiático, que tinham sido palco da Guerra Fria.
o desengajamento das grandes potências, pois as intervenções militares em regiões assoladas por conflitos passaram a ser realizadas pela Organização das Nações Unidas (ONU), com maior envolvimento de países emergentes.
a plena vigência do Tratado de Não Proliferação, que afastou a possibilidade de um conflito nuclear como ameaça global, devido à crescente consciência política internacional acerca desse perigo.
a condição dos EUA como única superpotência, mas que se submetem às decisões da ONU no que concerne às ações militares
Em 13 de agosto de 1961 teve início a construção do Muro de Berlim. Este, que tinha por objetivo separar a Alemanha Ocidental da Alemanha Oriental, tornou-se um símbolo do período comumente conhecido como Guerra Fria.
Em relação ao período da Guerra Fria, assinale a alternativa correta.
A chamada polarização política afetava diretamente a vida cotidiana em ambos os lados. No lado ocidental, jornais, cinema e televisão foram amplamente utilizados na divulgação do "american way of life". Vários cidadãos americanos foram perseguidos, presos ou rechaçados por defenderem ideias próximas ao socialismo.
A designação "Guerra Fria" refere-se a um conflito exclusivamente ideológico. Neste período houve uma estagnação na produção bélica, tanto nos países da OTAN quanto nos que subscreviam o Pacto de Varsóvia.
O fortalecimento dos partidos de esquerda ao longo dos anos 60 na América Latina foi uma consequência direta da influência soviética. Vale lembrar que entre os países participantes do Pacto de Varsóvia, e portanto comunistas, figuravam URSS, Cuba, Coreia do Norte, China, Venezuela e Brasil.
Nos países sob a influência da URSS não havia qualquer forma de policiamento ou controle ideológico da população.
Além dos enfrentamentos armados diretos entre a URSS e os EUA, ambos os países alimentavam conflitos armados entre outros países visando, entre outros motivos, o aumento e a manutenção de suas áreas de influência. A guerra do Vietnã pode ser citada como exemplo.
Considere as afirmações abaixo, sobre a Guerra Fria entre Estados Unidos e União Soviética.
I - Em virtude da capacidade de “destruição mútua assegurada”, no caso de uma guerra aberta entre os dois países, não ocorreu nenhum conflito armado entre eles. II - Nos anos 1970, o período da chamada “distensão” entre ambas as potências chegou ao fim com a construção do Muro de Berlim, no final daquela década. III - Durante a Guerra Fria, foi estimulado o desenvolvimento da indústria bélica dos Estados Unidos e da União Soviética e fomentada a corrida espacial entre os dois países entre 1950 e 1980.
Quais estão corretas?
Apenas I.
Apenas II.
Apenas III.
Apenas I e III.
I, II e III.
“Em 3 de janeiro de 1992, realizou-se no auditório de um edifício público em Moscou um encontro de estudiosos russo e norte-americanos. Duas semanas antes a União Soviética tinha deixado de existir e a Federação Russa se tornara um país independente... Em 18 de abril de 1994, duas mil pessoas se concentraram em Serajevo, agitando as bandeiras da Arábia Saudita e da Turquia. Ao desfraldarem essas bandeiras, em vez das da ONU, da OTAN e dos Estados Unidos, esses habitantes de Serajevo se identificavam com seus companheiros muçulmanos e indicavam ao mundo quem eram seus verdadeiros amigos... Em 16 de outubro de 1994, em Los Angeles, 70 mil pessoas desfilaram debaixo de “um mar de bandeiras mexicanas”, em protesto contra a Proposta 187, uma disposição submetida a plebiscito que negaria benefícios estaduais aos imigrantes ilegais e a seus filhos.” (HUNTINGTON, Samuel P. O Choque de Civilizações. Rio de Janeiro: Objeitva, 1996, p. 1718).
Considerando o mundo pós-Guerra Fria identificado nas passagens textuais acima, assinale a alternativa que expressa corretamente sua(s) característica(s):
A política mundial é, ao mesmo tempo, multipolar e multicivilizacional;
A modernização econômica produz cada vez mais uma civilização universal ocidentalizada;
A influência Ocidental está em alta, gerando declínio do poderio econômico, militar e político das civilizações asiáticas;
As civilizações ocidentais se submetem cada vez mais às civilizações orientais, enquanto ocorre um declínio demográfico e religioso do mundo islâmico;
As pretensões universalistas do Ocidente o levam a um ambiente de paz e harmonia com outras civilizações, a exemplo do Islã e da China.
A Guerra Fria foi uma disputa político-militar que marcou a antiga ordem mundial, polarizada por Estados Unidos e União Soviética. Sobre este momento da História Mundial, podemos corretamente afirmar:
Nenhum tiro foi diretamente disparado entre os dois lados do “conflito”, o que justifica o nome Guerra Fria. Esse conflito foi marcado pelas disputas indiretas entre as duas potências rivais em busca de maior poderio político e, principalmente, militar sobre as diferentes partes do mundo.
A Alemanha foi a grande derrotada da Segunda Guerra Mundial e teve o seu território dominado e controlado pelos países que formavam a base aliada durante o conflito: EUA, URSS, China e Inglaterra. Esses países, na Conferência de Potsdam, em 1989, decidiram pela reunificação do espaço alemão, o que pôs fim ao “conflito” entre as duas potências mundiais.
Em função dessa fragilidade da Europa Oriental, a União Soviética criou o chamado Plano Marshall, em que grandes empréstimos foram concedidos aos países daquela região para se reconstruírem.
Diante do provável conflito direto militar, o lado capitalista fundou o Pacto de Varsóvia, que ainda existe e é uma das instituições mais poderosas da atualidade. Já do lado socialista, foi fundada a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).
No plano espacial, foram os Estados Unidos que deram a largada, quando, em 1957, lançaram o primeiro satélite espacial construído pelo homem, o Sputnik. Para completar as façanhas, os norte-americanos também foram os primeiros a fotografar a superfície da Lua (em 1959) e os primeiros a enviarem um ser humano ao espaço, em 1961.