Guerra hispano-americana

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Ficou conhecida pelo nome de Guerra hispano-americana o conflito ocorrido entre a Espanha e os Estados Unidos em 1898, culminando com a tomada de Cuba, Porto Rico e Filipinas ao domínio espanhol. Com exceção da guerra de independência e a guerra de 1812, ambas travadas contra sua antiga metrópole, a Grã-Bretanha, esta foi a primeira guerra dos norte-americanos contra uma nação européia.

O conflito, que duraria aproximadamente oito meses foi também a primeira grande vitória militar dos Estados Unidos sobre uma potência estrangeira. Tal guerra sinalizou de vez a decadência espanhola como potência mundial e catapultou os Estados Unidos para o primeiro plano das disputas políticas globais.

A Espanha tinha perdido quase todas as suas colônias na primeira metade do século XIX e restavam apenas alguns poucos lugares do antigo império onde "o Sol nunca se punha". Já os Estados Unidos, depois de uma devastadora Guerra Civil entre 1861 e 1865, continuavam sua vertiginosa expansão econômica, ao mesmo tempo em que mantinham um isolamento político em relação às questões mundiais.

A luta contra a Espanha foi feita sob o pretexto de defender o povo cubano da feroz repressão espanhola, mas, os seus motivos reais estavam na importância econômica e estratégica em exercer o controle efetivo dos mais relevantes territórios espanhóis. O pretexto para a declaração de guerra foi dado pela explosão do couraçado americano Maine a 15 de Fevereiro de 1898, e que a imprensa americana apresentou como sendo obra de sabotagem por parte dos espanhóis, tornando a guerra praticamente inevitável. De fato, a 24 de abril de 1898, na sequência de um ultimatum norte-americano exigindo a retirada das forças espanholas da ilha de Cuba, a Espanha declara guerra aos Estados Unidos.

Contando naquele momento com uma marinha muito mais poderosa que a espanhola, os EUA iriam derrotar fragorosamente o rival espanhola nas batalhas da Baía de Manila, nas Filipinas, e da Baía de Santiago, em Cuba. Com o domínio do mar, os americanos puderam projetar seu poder em terra e vencer as tropas inimigas. Como "prêmio" pela vitória, os norte-americanos assumiriam o controle de Cuba, Porto Rico e Filipinas. O Império colonial espanhol ficou reduzido a esparsos territórios na África ainda mal conhecidos e explorados.

Cuba tem sua independência logo em 1902, mas permaneceria intimamente ligada à política e interesses dos EUA, o que fazia da ilha na prática uma colônia, situação que continuou por várias décadas. As Filipinas ficariam maior tempo sob administração norte-americana, tendo sua independência reconhecida apenas em 1946, mas assim como Cuba, ficaria por décadas ligada economicamente à sua metrópole. Porto Rico ainda hoje forma um estado associado aos EUA, e seus cidadãos tem cidadania americana garantida. Lá, o movimento por independência ainda busca maior apoio entre a população, embora tenha crescido nos últimos anos.

Bibliografia:
JÚNIOR, Lima. Guerra Hispano-Americana. Disponível em: <http://amantesdeclio.blogspot.com.br/2011/02/guerra-hispano-americana.html>. Acesso em: 20 mai. 2012.

Guerra Hispano-Americana: os novos donos do mar. Disponível em: <http://guiadoestudante.abril.com.br/estudar/historia/guerra-hispano-americana-novos-donos-mar-435837.shtml>. Acesso em: 20 mai. 2012.

Guerra Hispano-Americana. Disponível em: <http://www.infopedia.pt/$guerra-hispano-americana>. Acesso em: 20 mai. 2012.

Guerra Hispano-americana. Disponível em: <http://www.areamilitar.net/HISTbcr.aspx?N=38>. Acesso em: 20 mai. 2012.

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