A Guerra Romano-Sassânida colocou em confronto o Império Romano do Oriente e o Império Sassânida nos anos de 421 e 422.
O Império Romano do Oriente também enfrentou diversos conflitos, assim como o Império Romano do Ocidente. A partir do ano 421 as divergências estiveram ligadas com o Império dos Sassânidas, que era um império persa pré-islâmico localizado no Oriente, por causa da ascensão de Bahram V que sucedeu seu assassinado pai no trono do reino. O novo imperador deu início a uma caça aos cristãos, matando milhares deles.
A alternativa encontrada pelos perseguidos cristãos foi buscar ajuda com o bispo de Constantinopla tentando conseguir alguma proteção contra a perseguição que os aniquilava. Na época era Teodósio II o imperador do Império Romano do Oriente que, possuidor de uma grande fé no cristianismo, passou a oferecer a ajuda necessária para seus irmãos de religião. Mas o embate entre os romanos do Oriente e os sassânidas não estava reduzido apenas a uma questão de perseguição religiosa, houve outros tipos de atritos que influenciaram para um conflito. Os persas haviam apreendido as propriedades de mercadores romanos e também se recusavam a devolver escravos romanos que haviam sido contratados para trabalharem na extração de ouro, fatos que incomodavam muito os romanos. Até então havia uma relação de relativa paz entre os dois povos, mas os romanos decidiram declarar e oficializar uma guerra entre eles.
A Guerra Romano-Sassânidas estabeleceu um conflito entre os dois povos. O comandante romano reuniu várias tropas para enfrentar os sassânidas contando, inclusive, com a ajuda de bárbaros, especialmente os ostrogodos. Com um exército romano formado, Ardabur, que comandava os romanos, adentrou no território persa e devastou a região de Arzanene. Naturalmente, os sassânidas revidaram aos ataques através da liderança exercida por Narses. Este deslocou suas tropas contra o comandante romano na batalha, mas acabou derrotado e teve de recuar. O comando romano de Ardabur foi muito bem desenvolvendo, prevendo os ataques dos inimigos sassânidas, o que permitiu uma seqüência de vitórias.
Com o avanço das tropas romanas e o cerco causado aos sassânidas, o líder deste povo, Barham, se aliou com os árabes. Entretanto, mais uma vez, os romanos conseguiram dispersar os inimigos. O revés aconteceu quando o rei dos hunos ameaçou Constantinopla e enviou um grande exército para frente de batalha onde estavam em combate os romanos e os sassânidas. Com o intuito de evitar uma guerra em duas frentes, o líder romano se viu obrigado a recuar.
A Guerra Romano-Sassânida que começou no ano 421 chegou ao fim no ano seguinte através de um tratado de paz que foi negociado. Na verdade, a situação voltou a ser como a existente antes do início da guerra, mas as duas partes concordaram em garantir a liberdade religiosa em ambos os territórios.
Fonte:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_Romano-Sassânida_(421-422)