As Guerras Samnitas foram os confrontos entre os romanos e o povo samnita na disputa pelo controle da região central da península itálica.
Os povos que ocupavam os montes Apeninos na História Antiga passaram anos batalhando para expandir seu território até as terras baixas da Campânia. Os samnitas eram um dos povos itálicos que investiu na expansão e a alcançou. Ocupando finalmente a região da Campânia, os samnitas tiveram íntimo contato com os gregos mais avançados da época, dos quais receberam certas influências.
As Guerras Samnitas surgiram do processo de expansão dos romanos que chegou até a região da Campânia. Com o intuito de consolidar a fronteira oriental, após derrotar vários povos, os romanos se depararam com os samnitas ocupando a região. Enquanto isso, os samnitas se desentendiam com os sidicinos, os quais pressionavam para dominar seu território. Os sidicinos, por sua vez, pediram o auxílio de Roma para combater os samnitas, que até então tinham relacionamento amistoso com os romanos, porém estes encontraram a justificativa necessária para pressionar os povos da região e estabelecer a almejada fronteira.
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Primeira Guerra Samnita
A Primeira Guerra Samnita foi o confronto que se deu nesse momento entre os romanos e os samnitas. A ofensiva dos romanos não foi bem vista nem mesmo na própria Roma, facções do exército chegaram a se rebelar contra as investidas mas foram esmagadas por Valério Corvo. De toda forma, a guerra se desenvolveu entre 343 e 341 a.C. e terminou com um compromisso de paz selado com os samnitas no qual estes reconheceram a adesão da região de Cápua ao Império Romano e o interesse dos romanos na Campânia. Para selar a paz, Roma cedeu os territórios dos sidicinos aos samnitas. A primeira guerra, contudo, não ficou bem resolvida entre os romanos e os samnitas. Os aliados dos romanos se sentiram ofendidos com a guerra contra os samnitas sem uma consulta prévia e isso deu origem a Segunda Guerra Latina.
Segunda Guerra Samnita
Durante a Segunda Guerra Latina, os samnitas apoiaram os romanos. Mas samnitas e romanos mais uma vez se desentenderam por causa das ações de guerra empregadas por Roma. Com a transgressão de certos limites, teve início a mais longeva guerra entre os dois povos. A Segunda Guerra Samnita começou em 326 e terminou apenas em 304 a.C.. Está segunda contenda pode ser dividida ainda em duas fases, tamanha sua duração. A primeira delas, compreendida entre 327 e 321 a.C., marcou-se pelo cerco feito pelos romanos aos samnitas que foi respondido com o cerco do exército romano pelos samnitas. Roma sofreu uma humilhante derrota na primeira fase da guerra. Em 316 a.C. houve um novo ataque romano que resultou em nova derrota para Roma na Batalha de Lautulae, em 315 a.C. A segunda fase da guerra foi a da reestruturação romana, na qual Roma construiu a Via Apia com o objetivo de prender os samnitas em seu território. Os romanos seguiram vencendo povos que eram aliados dos samnitas até alcançarem a capital samnita, Boviano. Em 304 a.C. Roma saiu vencedora da Segunda Guerra Samnita e apoderou-se da Campânia.
Terceira Guerra Samnita
Uma terceira guerra ainda ocorreu. Os derrotados samnitas, por duas vezes, organizaram uma coalizão com outros povos para fazer frente aos romanos. A Terceira Guerra Samnita começou em 298 e se estendeu até 290 a.C.. No início, Roma foi atacada, mas rapidamente se recuperou e esmagou os povos opositores, recuperando Boviano. Os samnitas buscaram o auxílio de celtas e etruscos, mas foram todos derrotados na Batalha de Sentino. Roma estabeleceu paz com os etruscos e impossibilitou o crescimento dos samnitas, que se renderam. Roma passou a dominar o povo samnita e os conquistou progressivamente pela assimilação cultural.
Fontes:
http://www.sohistoria.com.br/ef2/samnitas/