A História Medieval é o período da história do Ocidente situado entre a História Antiga e a História Moderna.
A definição do etapismo histórico é algo que gera muita discussão entre os historiadores. A forma como estamos acostumados com os períodos históricos é uma convenção totalmente baseada na realidade da história européia. Usualmente, utilizamos História Antiga, História Medieval, História Moderna e História Contemporânea para determinar os momentos em que as condições de vida e as relações humanas foram diferenciadas ao longo da história. Mas este ponto de vista eurocêntrico não leva em consideração a existência de outros povos e outras civilizações fora do continente europeu ou de sua área de abrangência antes da Idade Moderna. América e África, por exemplo, apenas são inseridas na história da humanidade, segundo esta conceituação, a partir da História Moderna, enquanto, na verdade, possuíam civilizações tão bem estruturadas quanto àquelas que existiam na Europa.
A História Medieval representa uma quebra nos padrões existentes em seu período anterior, a História Antiga. Esta fase chegou ao fim através de variações em fatores políticos. É preciso lembrar que as mudanças nos períodos históricos não são variações que ocorrem em datas estabelecidas, as pessoas em suas épocas não tinham consciência de que passaram a viver um período diferente da história da humanidade. Essas divisões e determinações dos períodos são elaboradas pelos historiadores, depois que tudo já ocorreu, para estabelecer recortes cronológicos que favorecem didaticamente e nas pesquisas.
O início da Idade Média, também chamada de era Medieval, é caracterizado pela queda do Império Romano, em 476. A invasão dos povos bárbaros causou a fragmentação de um gigantesco império, alterando as relações políticas daí por diante.
Historiadores dividem a Idade Média em três períodos: Alta Idade Média, Idade Média Clássica e Baixa Idade Média. Essa divisão ocorre porque é possível notar variações na estrutura geral dentro do próprio período Medieval. Assim, a Alta Idade Média é compreendida entre os séculos V e X, marcada pelo período de fragmentação total do Império Romano e transição para uma nova realidade estrutural. A Idade Média Clássica é situada entre o século XI e o XIII, é neste momento em que estão os elementos mais populares do período Medieval, como feudos, suserana e vassalagem e cavalaria, por exemplo. A Baixa Idade Média, correspondente aos séculos XIV e XV, já representa uma fase de transição para o novo período, no qual novos elementos começam a alterar a estrutura Medieval.
Na Idade Média, a Igreja Católica aumenta significativamente seu poder e capacidade de influência sobre a população. É neste período da história que a instituição tem mais poder e por isso condiciona o cotidiano de todas as relações. A soberania da Igreja interfere nas Artes, na Arquitetura, na Política, na Cultura, na Filosofia, nas guerras, além, claro, das questões religiosas.
As principais características da Idade Média são: o feudalismo, as relações de suserania e vassalagem, as Cruzadas, as ordens de cavalaria e a Peste Negra.
O feudalismo foi o sistema pelo qual as terras dos reis foram dividas em feudos, nos quais trabalhavam os servos para seus senhores. Os feudos produziam para subsistência através dos esforços dos servos. Estes tinham apenas um dia na semana para produzir para si mesmos, mas deviam aos seus reis uma série de impostos.
As relações de suserania e vassalagem aconteciam entre nobres. Um deles concedia porções de terra ao outro, o que recebia terras para aumentar suas propriedades passavam a realizar tarefas de fidelidade. Como proteção em guerras, que era o mais comum.
As Cruzadas talvez foram os eventos mais famosos da Idade Média. Consistiram em investidas militares dos cristãos contra os muçulmanos nas guerras pelo domínio da Terra Santa.
As ordens de cavalaria uniam nobres que destinavam suas vidas aos combates. Tornaram-se muito respeitadas e bem qualificadas na sociedade Medieval e engrossaram o combate dos católicos contra os islâmicos.
A Peste Negra representou um dos momentos de crise da Idade Média. Na ocasião, dois terços da população da Europa morreu em decorrência de peste bubônica.
A transição da Idade Média para a História Moderna envolveu uma série de fatores que alterou as estruturas do período. A mudança está relacionada com a ascensão das monarquias nacionais européias, a recuperação demográfica após a Peste Negra, os descobrimentos marítimos, a redescoberta da cultura clássica e a contestação à Igreja Católica. Mas o evento político determinante que marcou o fim do período Medieval foi a queda de Constantinopla, em 1453.
A Idade Média é também frequentemente relacionada como a Idade das Trevas, pois se acreditava que o período representava uma estagnação da humanidade, principalmente por estar situada entre dois períodos tão ricos culturalmente. Mas as pesquisas mostraram que o período é rico em cultura e tem muito a oferecer e esclarecer sobre a humanidade tanto quanto os outros.