Lista de questões de vestibulares do Brasil acerca da história Medieval. Ler artigo História Medieval.
Durante muitos séculos a Idade Média foi considerada um período de trevas, "Noite de mil anos", no qual o mundo teria vivenciado uma longa fase de decadência científica, social e cultural. Porém, um número significativo de estudos históricos e publicações do século XX revelam que a Idade Média, como outros períodos da história da humanidade, representa uma etapa na qual houve crise, mas também desenvolvimento científico, social e cultural.
Em relação à cultura medieval europeia, assinale a(s) proposição(ões) correta(s).
As fortificações militares constituem as mais eloquentes e originais manifestações da arquitetura medieval. Nelas predomina os estilos barroco, românico e gótico. Os cuidados estéticos revelam a preocupação dos senhores feudais e do clero em tornar as defesas militares espaços simbólicos, representando "as fortalezas de Deus".
Santo Agostinho, autor de Confissões e Cidade de Deus, dedicou-se à elaboração de uma síntese da filosofia platônica e da doutrina cristã. A natureza humana seria, por essência, corrompida. Na fé em Deus, Agostinho localizava a possibilidade de remissão e salvação eterna.
Entre as obras literárias mais conhecidas da Idade Média destacaram-se a Canção de Rolando, Poema de Cid e a Divina Comédia, um poema no qual Dante Alighieri relata sua viagem ao Inferno, Purgatório e ao Paraíso.
A partir do século XII, predominou no ensino da Europa Ocidental o trivium, em que se ensinava gramática, retórica e lógica, e o quadrivium, voltado para preparar o aluno em aritmética, geometria, astronomia e música.
Durante a Idade Média, as ciências e a tecnologia conheceram um desenvolvimento que pode ser considerado insignificante, pois o clero reagia com violência a qualquer manifestação científica, tida como ameaçadora das verdades reveladas na Bíblia.
Nos séculos XV e XVI, em sociedades do Ocidente europeu, ocorreram transformações de naturezas variadas que vieram a contribuir para a configuração de novas circunstâncias frente às que predominaram no período medieval. Assinale o item que identifica corretamente uma dessas transformações.
A ampliação das rotas comerciais de longa distância, com destaque para as que se estabeleceram em águas atlânticas.
A formação de Estados monárquicos absolutistas, sustentados militarmente pelos exércitos controlados pela nobreza feudal
A expansão da imprensa, viabilizada pelos progressos técnicos e pelo reconhecimento da liberdade de expressão.
A difusão dos valores humanistas, como a dissociação entre fé e razão e a aplicação da tolerância religiosa.
A mercantilização da terra, expressa na divisão e no cercamento de propriedades fundiárias
O período Medieval ficou marcado pelo pensamento dos renascentistas que o consideraram como uma espessa noite sem a luz da razão. Contudo, nos dias de hoje sabe-se que tais críticas não se sustentam quando se voltam os olhos para os pensadores do medievo. Algumas ideias podem ser vistas em diversos autores, tais como o belicismo, o contratualismo e a visão hierofânica de Mundo. Marque a alternativa correta sobre o pensamento dominante do Medievo Ocidental Cristão:
A ideia da visão hierofânica remete-se à interpretação de mundo que via o sagrado, divino ou demoníaco por toda parte. Esta visão se expressava principalmente através de práticas mágicas, isto é, de alterações da realidade visível graças a intervenções da realidade invisível;
Um dos pontos altos do pensamento medieval foi o desenvolvimento dos tratados políticos que visavam à separação entre o poder estatal e o poder religioso;
Boécio, autor considerado como de transição entre o período da Antiguidade e o da Medievalidade, apresentou em seu texto A Consolação da Filosofia uma das maiores apologias ao cristianismo decretando o fim da filosofia antiga;
Agostinho de Hipona em sua Cidade de Deus propôs que o homem deveria entender a sua vida como se esta estivesse acontecendo nos Céus. A cidade de Deus coincidiria com a cidade dos Homens;
Tomás de Aquino, o maior expoente da chamada Escolástica cristã, negou qualquer possibilidade de definir Deus. Assim, rejeitou as características do primeiro motor aristotélico que fora usada por alguns pensadores cristãos para definir o Deus cristão.