Lista de questões retiradas de provas de vestibulares sobre o Iluminismo. Ler artigo Iluminismo.
“Classificar, delinear, dividir, sistematizar, criar um mapa mundi do saber. Esta era a ideia dos iluministas Diderot e D’Alambert: ordenar o mundo em categorias em uma enciclopédia com 17 volumes de texto. O projeto enciclopedista talvez seja a influência mais visível do iluminismo em nosso cotidiano. A escola, a divisão do conhecimento em disciplinas específicas, os livros didáticos, os telejornais revelam claramente essa busca classificatória. A Enciclopédia iniciava com um quadro esquemático do conhecimento humano, uma permanência que perpassa desde organogramas de empresas até as classificações da biologia.”
(DARNTON, Robert – O Grande Massacre de Gatos. RJ: Graal, 1986, p. 272-273)
Com base no texto e nos seus conhecimentos sobre o assunto, assinale a(s) afirmativa(s) correta(s) a respeito do Iluminismo.
O impulso renovador das idéias iluministas provocou, na Europa, um grande interesse pelos problemas da vida em sociedade, possibilitando o surgimento de novas ideias e de teorias econômicas.
Em seu conjunto, os iluministas sustentavam a tese de que só um Estado ditatorial, controlado pela classe trabalhadora, seria capaz de eliminar a resistência burguesa e abolir as desigualdades entre as classes sociais.
O espírito renovador, presente no Iluminismo, conduziu a um profundo estudo das ciências, campo onde ocorreu um grande avanço.
Originado na Inglaterra, difundido pela França, o Iluminismo pregava a razão, a liberdade do espírito, a livre crítica e a tolerância religiosa, contrapondo-se, assim, ao peso da tradição, do dogmatismo religioso e filosófico e ao absolutismo monárquico.
O Iluminismo, em seu conjunto, fazia uma incisiva crítica ao mundo civilizado e propunha um retorno às formas de vida da sociedade primitiva.
O escritor e filósofo francês Voltaire, que viveu no século XVIII, é considerado um dos grandes pensadores do Iluminismo ou Século das Luzes. Ele afirma o seguinte sobre a importância de manter acesa a chama da razão:
“Vejo que hoje, neste século que é a aurora da razão, ainda renascem algumas cabeças da hidra do fanatismo. Parece que seu veneno é menos mortífero e que suas goelas são menos devoradoras. Mas o monstro ainda subsiste e todo aquele que buscar a verdade arriscar-se-á a ser perseguido. Deve-se permanecer ocioso nas trevas? Ou deve-se acender um archote onde a inveja e a calúnia reacenderão suas tochas? No que me tange, acredito que a verdade não deve mais se esconder diante dos monstros e que não devemos abster-nos do alimento com medo de sermos envenenados”.
Identifique a opção que melhor expressa esse pensamento de Voltaire.
Aquele que se pauta pela razão e pela verdade não é um sábio, pois corre um risco desnecessário.
A razão é impotente diante do fanatismo, pois esse sempre se impõe sobre os seres humanos.
Aquele que se orienta pela razão e pela verdade deve munir-se da coragem para enfrentar o obscurantismo e o fanatismo.
O fanatismo e o obscurantismo são coisas do passado e por isso a razão não precisa mais estar alerta.
A razão envenena o espírito humano com o fanatismo.
A respeito do iluminismo, movimento filosófico que se difundiu pela Europa ao longo do século XVIII, considere as seguintes afirmativas:
Assinale a alternativa correta.
Somente a afirmativa 1 é verdadeira.
Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras.
Somente as afirmativas 1, 2 e 4 são verdadeiras.
Somente as afirmativas 3 e 4 são verdadeiras.
Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras.
Os produtos e seu consumo constituem a meta declarada do empreendimento tecnológico. Essa meta foi proposta pela primeira vez no início da Modernidade, como expectativa de que o homem poderia dominar a natureza. No entanto, essa expectativa, convertida em programa anunciado por pensadores como Descartes e Bacon e impulsionado pelo Iluminismo, não surgiu “de um prazer de poder”, “de um mero imperialismo humano”, mas da aspiração de libertar o homem e de enriquecer sua vida, física e culturalmente.
CUPANI, A. A tecnologia como problema filosófico: três enfoques. Scientiae Studia, São Paulo, v. 2, n. 4, 2004 (adaptado).
Autores da filosofia moderna, notadamente Descartes e Bacon, e o projeto iluminista concebem a ciência como uma forma de saber que almeja libertar o homem das intempéries da natureza. Nesse contexto, a investigação científica consiste em:
expor a essência da verdade e resolver definitivamente as disputas teóricas ainda existentes.
oferecer a última palavra acerca das coisas que existem e ocupar o lugar que outrora foi da filosofia.
ser a expressão da razão e servir de modelo para outras áreas do saber que almejam o progresso.
explicitar as leis gerais que permitem interpretar a natureza e eliminar os discursos éticos e religiosos.
explicar a dinâmica presente entre os fenômenos naturais e impor limites aos debates acadêmicos.
Fala-se muito nos dias de hoje em direitos do homem. Pois bem: foi no século XVIII — em 1789, precisamente — que uma Assembleia Constituinte produziu e proclamou em Paris a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. Essa Declaração se impôs como necessária para um grupo de revolucionários, por ter sido preparada por uma mudança no plano das ideias e das mentalidades: o Iluminismo. FORTES, L. R. S. O Iluminismo e os reis filósofos. São Paulo: Brasiliense, 1981 (adaptado).
Correlacionando temporalidades históricas, o texto apresenta uma concepção de pensamento que tem como uma de suas bases a:
modernização da educação escolar.
atualização da disciplina moral cristã.
divulgação de costumes aristocráticos.
socialização do conhecimento científico.
universalização do princípio da igualdade civil.
Leia atentamente o texto a seguir, escrito por John Locke em 1689:
"Ninguém pode impor-se a si mesmo ou aos outros, quer como obediente súdito de seu príncipe, quer como sincero venerador de Deus: considero isso necessário sobretudo para distinguir as funções do governo civil e da religião, e para demarcar as verdadeiras fronteiras entre a Igreja e a comunidade. (LOCKE, John. Carta acerca da tolerância. São Paulo: Abril Cultural, 1973.)
Considerando que Locke escreveu este texto no contexto político e religioso da Europa, no século XVII, é correto afirmar que o autor:
considera que, para evitar conflitos, o Estado deve intervir nas questões de cunho religioso.
defende a tolerância religiosa como condição de coexistência entre as diferentes religiões que nasciam na Europa, no século XVII, e que sofriam perseguição da Inquisição, a exemplo do espiritismo kardecista e da umbanda.
defende a ascensão dos puritanos como consequência da Revolução Gloriosa.
considera que as lideranças religiosas devem exercer, por meio de seus credos, o governo da sociedade.
defende a separação entre religião e poder político, considerando os diversos conflitos, entre católicos e protestantes, os quais assolaram os estados europeus.