Independência do México

Por Antonio Gasparetto Junior

Mestrado em História (UFJF, 2013)
Graduação em História (UFJF, 2010)

Categorias: História da América Espanhola, México
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A Independência do México foi conquistada através de um processo de contestação à colonização que envolveu guerra.

O México foi colonizado pela Espanha com o advento das Grandes Navegações a partir do século XV. Durante quase três séculos, o território que hoje conhecemos como México esteve sob o domínio dos espanhóis. Foi somente no início do século XIX que um movimento de emancipação ganhou força e pressionou a metrópole colonizadora por sua liberdade, pois as divergências políticas e religiosas haviam se tornado agudas.

A luta pela Independência do México veio à tona na madrugada do dia 16 de setembro de 1810 quando o padre Miguel Hidalgo y Costilla passou a liderar um movimento em defesa do México. Seria apenas o início de um movimento que duraria oito longos anos e passaria por diversas fases e dificuldades até resultar na emancipação mexicana. Inicialmente, os fatores religiosos eram proeminentes no conflito, porém, com o tempo, a questão republicana ganhou força.

O processo de Independência do México não foi algo homogêneo, pelo contrário, uniu grupos improváveis. Foi formada uma aliança com defensores da democracia do México, que eram os liberais, e com defensores da implantação de uma monarquia, que eram os conservadores. Esses dois grupos de perspectivas bem diversas uniram-se sob o propósito de tornar o México independente e, depois disso, deixar que ele escolha por si mesmo o próprio destino. O processo passou por várias fases, contando, inclusive, com movimentos de guerrilha.

José Maria Morelos y Pavón foi quem assumiu o movimento insurgente após a morte de Miguel Hidalgo. Ele foi responsável por organizar uma estratégia que isolaria a Cidade do México para que fosse promulgada a Independência no dia 6 de novembro de 1813. Porém, em 1815, Morelos seria assassinado e a independência seria invalidada. Foi então que o rumo da Independência do México assumiu características de guerra de guerrilha. Entre 1815 e 1821 destacaram-se Guadalupe Victoria e Vicente Guerrero. Em 1821, Augustín de Iturbide, um espanhol, passaria a defender a causa da independência. O exército da libertação entraria na Cidade do México forçando a renúncia do Vice-rei espanhol e a assinatura do Tratado de Córdoba, no dia 24 de agosto de 1821, que reconhecia o México como nação independente. No entanto, Iturbide se auto-proclamou imperador, o que levou a uma rebelião dos mexicanos. O movimento contra Augustín Iturbide levou à criação dos Estados Unidos Mexicanos, em 1823, consagrando Guadalupe Victoria como primeiro presidente do país no ano seguinte.

Fontes:
CABALLERO, Romeo R. Flores. La Contrarrevolución en la Independencia : los españoles en la vida política, social y económica de México, 1804-1838. México, 1969.
OCAMPO, Javier. Las Ideas de un Día: el pueblo mexicano ante la consumación de su independência. México, 1969.

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