Nazismo

Por Luisa Rita Cardoso

Doutora em História (UDESC, 2020)
Mestre em História (UDESC, 2015)
Pós-graduada em Direitos Humanos (Universidade de Coimbra, 2012)
Graduada em História (UDESC, 2010)

Categorias: Idade Contemporânea, Segunda Guerra Mundial
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O Nazismo, ou Nacional Socialismo, foi a ideologia criada e defendida pelo Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães (Nationalsozialistische Deutsche Arbeiterpartei, NSDAP). O Partido Nazista foi fundado em 1920 por Anton Drexler. Adolf Hitler assumiu a liderança do partido em 1921, mantendo-se no posto até sua morte, ao final da Segunda Guerra Mundial.

A suástica era o símbolo Nazista

No início dos anos 1920 a Alemanha se encontrava em uma profunda crise econômica e moral decorrentes da derrota na Primeira Guerra Mundial e da assinatura, em 1919, do Tratado de Versalhes. Tal Tratado foi assinado com os países vencedores da Primeira Grande Guerra e oficializava a derrota alemã, bem como impunha sanções ao país, como a perda de territórios ocupados, das colônias e a proibição de produzir armas pesadas.

O Partido Nazista defendia que a saída para aquela situação por que passava o país era um estado forte e culpava o governo pela derrota alemã. Foi criado um braço paramilitar da organização, a SA (abreviação de Sturmabteilung. Tropas de Assalto, em português), que ficou conhecida como “camisas marrons”, pois era o uniforme de seus membros. Em 1923, os nazistas de Munique, sul do país, tentaram dar um golpe de Estado, mas o movimento fracassou e seu líder, Hitler, foi preso.

Durante os meses em que ficou preso, Hitler escreveu Mein Kampf (Minha luta), obra em que expôs os princípios fundamentais do nazismo: anticomunismo, antiliberalismo, ultranacionalismo, militarismo, racismo e o ódio aos judeus (antissemitismo), a quem atribuía a culpa pela situação econômica do país.

Com a Crise de 1929, houve aumento do desemprego e alta da inflação, agravando o cenário econômico do país. O discurso do Partido Nazista agradou boa parte da população alemã, pois prometia, através de um Estado forte, retomar o crescimento do país.

Em 1932, os nazistas receberam 38% dos votos nas eleições para o parlamento. No ano seguinte, o presidente Paul von Hindenburg nomeou Hitler primeiro-ministro. Os nazistas chegavam ao poder, e em pouco tempo trataram de assegurar sua permanência no poder: a oposição foi eliminada e Hitler proclamado chefe supremo e único da Alemanha. Tinha início o Terceiro Reich, forma como ficou conhecido o período em que Hitler - o Führer (líder) - esteve no poder.

Em 1935, foram instituídas as Leis de Nuremberg, que determinavam a segregação racial entre judeus e arianos - a “raça” pura que, para os nazistas, não poderia ser misturada com outras e deveria ser sanada de imperfeições. A partir de então, o caráter racista do regime só se intensificou, levando à perseguição e eliminação de judeus, ciganos, homossexuais e deficientes físicos e mentais. A polícia política nazista, Gestapo, era a grande responsável pela perseguição desses grupos. Posteriormente, além da perseguição, a política nazista incluía o encarceramento, os campos de concentração e a chamada "Solução Final", ou seja, a eliminação em massa dessas populações através das câmaras de gás, culminando no Holocausto.

Os nazistas utilizaram amplamente a propaganda para difundir suas ideias. Joseph Goebbels, ministro da propaganda, controlava a imprensa, o rádio, o teatro, o cinema, a literatura, a música, e também as Belas Artes. A esta última, Hitler dedicava particular atenção: fanático por arte, condenava a arte moderna, que chamava de degenerada, e valorizava a arte clássica. Entendia que as artes deveriam ser realistas e apresentar a perfeição do homem ariano e toda a arte produzida durante o Terceiro Reich tinha que seguir essas premissas, sob pena de os artistas serem considerados inimigos do regime e proibidos de comercializar e expor seus trabalhos.

Outro fundamento do nazismo era a teoria do espaço vital (Lebensraum), que seria utilizada para justificar a invasão alemã de territórios como os Sudetos, na Tchecoslováquia. Segundo essa teoria, a chamada raça ariana deveria ser unificada em um único território, reiterando o lema de Hitler: um povo, um império, um guia. A determinação em perseguir esses ideais levou a Alemanha nazista à invasão da Polônia, em 1º de setembro de 1939, o que deu início à Segunda Guerra Mundial.

Referências:

RODRIGUES, Joelza Esther. Projeto Athos: História, 9º ano. São Paulo: FTD, 2014.

https://web.archive.org/web/20150319021147/http://libraryofsocialscience.com/essays/koenigsberg-nationalism.html

https://www.ushmm.org/wlc/ptbr/article.php?ModuleId=10005141

http://www.historylearningsite.co.uk/nazi-germany/art-in-nazi-germany/

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