Primeira Cruzada

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A Primeira Cruzada teve início em 1095 após declaração do papa Urbano II durante o Concílio eclesiástico de Clermont, na França. Na ocasião, ele evocou a necessidade de os cristãos reconquistarem Jerusalém e libertarem o Santo Sepulcro, sob domínio muçulmano desde 1076. O movimento militar de caráter religioso não foi um episódio isolado, mas um conjunto de campanhas que incluiu a Cruzada Popular, a Cruzada dos Nobres e a Cruzada de 1101.

A atitude do papa foi motivada em parte pelo imperador Aleixo I Comneno, de Constantinopla (1081-1118), que temia uma investida muçulmana contra seus territórios, dada a proximidade de seus domínios com a cidade santa de Jerusalém. Urbano II prometeu aos participantes da expedição, a absolvição dos pecados, além da garantia de terras e riquezas quando da reconquista da Terra Santa.

As notícias sobre o concílio de Clermont e a iminente campanha a Jerusalém, espalharam-se com rapidez pelo Ocidente e atraíram nobres e populares. Muito antes da data marcada para o início da expedição, estabelecida pelo concílio de Clermont para o dia 15 de Agosto de 1096, as primeiras multidões de camponeses começaram a marchar em direção ao Oriente. A caminhada de camponeses e populares ficou conhecida como Cruzada Popular ou Cruzada dos Mendigos.

Eles causaram desordem e chegaram em péssimas condições a Constantinopla. O imperador Aleixo I Comneno, desejando afastá-los de sua capital, procurou incentivá-los a atacar os infiéis. Foi um desastre, pois a Cruzada chegou muito enfraquecida à Ásia Menor, onde foi foi arrasada pelos turcos.

A Cruzada dos Nobres, por sua vez, partiu da Europa utilizando cruzes vermelhas, que sinalizariam a motivação religiosa do conflito, e iniciaram a cruzada sitiando várias cidades até alcançar o seu destino final. Apesar das dificuldades encontradas durante a jornada, os combatentes cristãos conquistaram Niceia e Antioquia até início de julho de 1098. Após Beirute, prosseguiram até Jafa e Haifa. Em Edessa, Godofredo de Bulhão fundou o primeiro "Estado de cruzados".

Três anos após partirem do Ocidente, eles chegaram a Jerusalém. Na cidade Santa, logo provocaram um grande massacre contra os muçulmanos que ali habitavam. Depois da conquista, Godofredo de Bulhão foi eleito chefe do Reino de Jerusalém. Com sua morte, em 1100, ele foi sucedido por seu irmão, Balduíno de Bolonha.

A nova ordem do Oriente Médio não durou muito tempo, pois a região estava circundada por países árabes, indignados e enfurecidos com as cruzadas. Nos dois séculos seguintes o conflito entre muçulmanos e cristãos se intensificou, o que motivou novas cruzadas e consequetemente causou a morte de centenas de milhares de pessoas.

Na Europa, contudo, as cruzadas acentuaram a expressão da coletividade em torno da cruz e do papa, o que gerou o surgimento de uma espécie de "comunidade europeia" cristã. O sucesso da Cruzada dos Nobres e a necessidade de reforços para a defesa dos novos estados sob domínio cristão levaram o papa Pascoal II, sucessor de Urbano II a incentivar uma nova expedição chamada de a Cruzada de 1101. A campanha, entretanto, não foi bem sucedida como a anterior. As derrotas dos cruzados em diversas batalhas  fizeram os muçulmanos perceberem que eles não eram invencíveis, como parecera durante a Cruzada dos Nobres.

Leia também:

Fontes:
http://www.arqnet.pt/portal/universal/cruzadas/cruzada02.html https://web.archive.org/web/20100620193253/http://www.azpmedia.com:80/historia/content/view/76/39 http://www.dw-world.de/dw/article/0,,4259814,00.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Primeira_Cruzada
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cruzada_de_1101 http://pt.templarios.wikia.com/wiki/Cruzada_Popular_ou_dos_Mendigos

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