No período da Idade Média, existiam regiões que eram controladas politicamente por oligarquias burguesas. A essas cidades convencionou-se chamar de repúblicas patrícias. Entre os principais elementos destas áreas, os mais marcantes são a administração especial e urbana e a liderança da alta burguesia, principalmente a comercial, que ficou conhecida como patriciado. Além disso, as repúblicas patrícias contavam com o apoio do senhor feudal e tinham autonomia em seus territórios.
De acordo com a historiadora Janaina Silva, licenciada em História pela Universidade do Vale do Itajaí - UNIVALI, repúblicas patrícias eram uma forma de governo onde um representante da oligarquia burguesa regia sua cidade de forma livre e autônoma.
Na estrutura social das repúblicas patrícias funcionava a oligarquia, na qual um pequeno grupo da aristocracia predominava. Esta parcela da população era o patriciado, que decidia os novos rumos da cidade. Tal classe era eleita pela própria população e formava um colégio no qual somente as personalidades mais ricas eram aceitas.
Foi durante o século XIII que as repúblicas patrícias se encontravam em seu período áureo. Nesta época, a riqueza e a prosperidade do patriciado eram de grande influência. Além disso, eles conseguiam apoio dos monarcas ao prestarem-lhes serviços de ordem financeira.
Um dos problemas encontrados para a continuidade das repúblicas patrícias ocorreu na época em que o mercantilismo, concepção de riqueza devido à quantidade de metais preciosos de uma nação, dominou o comércio em escala mundial. Neste aspecto, o patriciado não conseguiu adaptar-se ao novo sistema econômico e, assim, suas repúblicas começam a se tornar desimportantes. Entre outros fatores que as levaram ao declínio está o nacionalismo, que, aliado à ambição dos monarcas, deu origem aos Estados modernos.
Apesar do declínio das Repúblicas Patrícias, alguns territórios ainda vigentes remetem a este período. Veneza (Itália) é um exemplo de grande valor histórico. A cidade foi, junto à Florença, uma das mais importantes repúblicas patrícias. No ano de 1797, foi entregue à Áustria por intermédio de Napoleão Bonaparte e introduzida aos Habsburgos, dinastia de espanhóis e alemães estabelecida na Áustria e influente entre os séculos XV e XX.
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Fontes:
AZEVEDO, Antonio Carlos do Amaral. Dicionário de nomes, termos e conceitos históricos. 3ª ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999.
GOMBRICH, Ernst H. Breve história do mundo. 1ª edição: Martins Fontes. São Paulo, 2001.
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http://pt.wikipedia.org/wiki/Patr%C3%ADcio
http://www.colegioweb.com.br/historia/patricios-e-plebeus.html