Revolução Bolivariana

Por Antonio Gasparetto Junior

Mestrado em História (UFJF, 2013)
Graduação em História (UFJF, 2010)

Categorias: História da América Espanhola, Venezuela
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Revolução Bolivariana é o projeto do presidente venezuelano Hugo Chávez de promover mudanças políticas, econômicas e sociais em seu país.

Hugo Chávez. Foto: Presidencia de la Nación Argentina [CC-BY-2.0], via Wikimedia Commons

Hugo Chávez tentou dar um golpe de estado em 1992, contra o então presidente Carlos Andrés Pérez. No entanto, a tentativa fracassou. Em 1998 tentou subir ao poder pela via democrática: iniciou seu mandato presidencial em 1999, quando derrotou nas eleições um tradicional partido que ocupava o governo do país por muito tempo. Desde sua ascensão ao poder, Hugo Chávez posicionou-se favorável às idéias mais radicais da esquerda e declarou sua aversão pelo capitalismo, especialmente incorporado pelos Estados Unidos. Nos primeiros anos de governo, Hugo Chávez promoveu uma alteração na constituição que o permitiu ser reeleito para o cargo de presidente, o que, na realidade, acabou se transformando em uma ditadura de Hugo Chávez na Venezuela.

Opositores ao regime de Hugo Chávez tentaram por diversas vezes reduzir o tempo de governo do presidente, sem sucesso.

Hugo Chávez se tornou adepto à Revolução Bolivariana ainda na década de 1980. O processo da Revolução Bolivariana tem origem em 1957, quando Douglas Bravo liderava um movimento do braço armado do Partido Comunista da Venezuela. O movimento se constituía em um pólo civil-militar revolucionário que veio a se concretizar no atual governo do presidente Hugo Chávez.

Nos anos 1980, Hugo Chávez conheceu Douglas Bravo e passou a ter uma intensa relação com ele, algo como mestre-discípulo. Chávez aderiu ao movimento e ao ideal, mas em 1991 acabou rompendo com Douglas Bravo.

Diz-se que a concepção de Revolução Bolivariana é estruturada a partir de três elementos. A primeira inspiração da ideologia de Chávez é, naturalmente, o bolivariano Douglas Bravo; a segunda está ligada à Norberto Ceresole; a terceira é dada ao líder cubano Fidel Castro. Dessa forma, Hugo Chávez mistura em sua ideologia bolivariana elementos históricos e políticos diferenciados no tempo, tendo como objetivo unir a democracia participativa com um partido civil-militar de esquerda.

O nome Revolução Bolivariana tem ligação com o histórico libertador da América Espanhola Simon Bolívar, de quem a imagem é apropriada para buscar um novo socialismo.

Durante a campanha à presidência de Hugo Chávez, o general Alberto Müller Rojas foi o responsável por comandar a campanha de seu candidato. É reconhecido também como um dos idealizadores da Revolução Bolivariana.

Já em governo, Hugo Chávez iniciou sua Revolução Bolivariana com a aprovação de uma nova Constituição em 1999. Para alcançar as pretendidas mudanças sociais, políticas e econômicas, a Revolução Bolivariana faz uso de missões bolivarianas, círculos bolivarianos e a busca pela integração latino-americana. O governo de Chávez promove ainda aproximação com China, Cuba e países árabes para demonstrar o não alinhamento com os Estados Unidos.

Fontes:
http://noticias.uol.com.br/ultnot/afp/2004/08/14/ult34u102059.jhtm
http://g1.globo.com/mundo/noticia/2010/08/morre-general-muller-rojas-idealizado-da-revolucao-bolivariana-de-chavez.html

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