A Revolução Cultural Chinesa foi elaborada por Mao Tsé-Tung no ano de 1966, paralisando praticamente todo o progresso material e tecnológico do pais. Tal revolução foi um movimento de massas da Republica Popular da China dentre os anos de 1966 e 1976, feito por trabalhadores e estudantes contra a burocracia que tomava conta do Partido Comunista Chinês.
Tudo começa no ano de 1958, onde foi implantado na China um plano de governo conhecido como O Grande Salto Adiante. Esse plano tinha como objetivos estruturar a produção agrária em um sistema cooperativo e organizar a produção industrial, além de alguns outros como o aumento da produção de minerais por exemplo. Porém esse plano foi abandonado em 1961 em razão de diversos insucessos, dentre eles a morte de aproximadamente 30 milhões de Chineses, e do rompimento da China com a União Soviética no ano anterior.
Com todo esse fracasso do plano Salto, houve um período de grande fome no começo da década de 60, pois a produção agrícola estava muito desorganizada. Com todos esses problemas, Mao Tsé-tung acabou sendo muito criticado, principalmente por duas pessoas que também eram membros do Partido Comunista, Liu Shaoqi e Deng Xiaoping, que começaram então desafiar o poder e o prestigio de Mao. Os dois tinham até mesmo a ideia de remover todo o poder que estava nas mãos de Mao e deixa-lo apenas como uma figura decorativa no poder.
Só que Mao era muito esperto, se antecipou aos dois críticos e começou a atacar Liu em 1963, declarando a ideia de haver uma necessidade de promover uma limpeza nos quadros políticos, econômicos, organizacional e ideológico da Republica Chinesa.
E finalmente em 1966 Mao iniciou a Revoução Cultural. O primeiro comitê foi formado em Maio de 1966 na Universidade de Tsinghua, com o objetivo de eliminar completamente toda a oposição a Mao Tsé-tung. Ele incentivou e encorajou a criação de comitês revolucionários (bases da Guarda Vermelha), que eram compostas pelas mais diversas forças militares, camponesas, elementos partidários e governamentais, e que estavam objetivados em tomar o poder onde fosse necessário.
Tal revolução tem como ideia essencial manter o fervor revolucionário e um estado constante de luta e superação, sem os quais acreditava Mao, a revolução comunista estaria destinada ao fracasso. Além disso, a revolução pretendia tornar cada unidade econômica chinesa, como fabricas, fazenda, como uma unidade de estudo e de reconstrução do comunismo, expandindo assim a ideia de coletivização. Após essa fase, Mao acreditava que uma segunda fase da Revolução Chinesa seria justamente ultrapassar a revolução da ordem econômica para a ordem ideológica, para a alma do cidadão Chines. E é nesse sentido que se justifica tal adjetivo Cultural da revolução.
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