Lista de questões de vestibulares sobre a Roma Antiga. Ler artigo Roma Antiga (Monarquia, República e Império).
Leia o texto abaixo:
Na República Romana, o Estado foi organizado por um conjunto de instituições: Senado, magistraturas e Assembléias do povo ou Comícios. O Senado supervisionava as finanças públicas e a administração das províncias, conduzia a política externa, zelava pelas tradições e a religião. Os Cônsules eram os principais magistrados, comandavam o Exército, dirigiam o Estado, convocavam o Senado e presidiam os cultos públicos. Os Comícios eram organizados por: tribos (assembléia tributa, que nomeava questores e edis); classes, de acordo com a fortuna (assembléia centuriata, que elegia os cônsules e votava as leis); clãs (assembléia curiata, que decidia sobre matérias religiosas).
Com base no texto e nos conhecimentos históricos relativos à República Romana, é correto afirmar:
A distribuição do poder entre as várias instituições republicanas objetivava impedir a sua concentração em uma só pessoa.
A res publica (coisa pública), em seus primórdios, não discriminava os habitantes de Roma, todos, indistintamente, partícipes do poder com os mesmos direitos.
O povo, o conjunto de cidadãos romanos sem direito político algum, era mero espectador das disputas entre os Cônsules e o Senado.
O poder dos Cônsules era limitado às questões militares, sem influência alguma sobre os negócios públicos.
O Exército, na República Romana, não tinha papel político ativo, exceto como defensor da participação do povo, devido à origem popular dos seus generais.
O mapa, a seguir, representa o Império Romano na transição entre os séculos IV e V d.C, portanto, já em sua fase de crise final.
Adaptado de: http://wps.ablongman.com/wps/media/objects/262/268312/art/figures/KISH_ 06_140a.gif . Acesso em: 27 jul. 2008.
No período ao qual o mapa se refere, o Império fragmentou-se em vários reinos, oriundos das invasões bárbaras. Sobre esse processo de crise e transição, identifique as afirmativas corretas:
A fase final do Império Romano foi marcada pela ruralização, que substituiu, gradualmente, o escravismo pelo colonato. Neste sistema, os camponeses que cultivavam terras de grandes proprietários recebiam proteção e parte dos rendimentos.
Os “bárbaros” eram, em sua maioria, povos de línguas germânicas, que viviam nas fronteiras do Império. Muitas vezes, lutavam juntamente com os romanos como federados, condição essa que os obrigava a cederem soldados em troca de terras.
A causa imediata das invasões germânicas foi a pressão dos Hunos, um povo de cavaleiros e arqueiros que era aparentado aos mongóis. Os Hunos, que chegaram à Europa no século IV d.C, foram derrotados por uma aliança romano-germânica.
A maior parte dos povos germânicos que realizaram as invasões já não vivia em sociedades “primitivas” no século V d.C. Eles já possuíam diferenças socioeconômicas e uma elite aristocrática, que aderiu a uma forma herética do cristianismo, o arianismo.
A principal invasão ao Império Romano foi feita pelos anglo-saxões, que saquearam Roma (410 d.C). Os anglo-saxões, que construíram um reino independente no norte da África, caracterizavam-se pela presença de uma poderosa marinha de guerra.
A cultura romana incorporou vários elementos de outras culturas, inclusive, na esfera religiosa.
Sobre a religião na Roma Antiga, considere as afirmativas a seguir:
I. Os romanos, apesar de monoteístas, aceitavam facilmente o culto de deuses de outros povos. Essa interação cultural pode ser explicada pelo fato do Estado romano, envolvido apenas com questões políticas, não ter se importado com assuntos religiosos.
II. A civilização romana praticava a tolerância e identificava-se com outros povos que cultuavam um único deus. Tais características foram fundamentais para a expansão do Cristianismo e sua adoção como religião oficial do Estado romano, no século II d.C.
III. A religião romana, politeísta, foi se diversificando à medida que Roma ganhava importância política e econômica. Assim como os exércitos incorporavam novos territórios, a religião romana foi absorvendo deuses e cultos de outros povos.
Está(ão) correta(s) apenas:
I
II
III
I e II
II e III
Considere os textos abaixo.
“[...] Amúlio expulsa seu irmão e apodera-se do trono. Depois deste crime, cometeu outro: ele extermina todos os filhos varões do irmão e, sob o pretexto de honrar sua sobrinha Réia Sílvia, colocando-a entre as vestais, ele tira toda a esperança de se tornar mãe condenando-a à virgindade perpétua. Mas acredito que o destino estava encarregado da fundação de uma cidade tão poderosa: era a ele que cabia lançar os alicerces deste vasto império que iguala o dos deuses. [...]” Tito Livio – História de Roma, livro I, p.10. - Texto traduzido e adaptado de TITO LÍVIO. Historia de Roma desde su fundación. (Ab urbe condita). http://historicodigital.com/download/tito%20livio%20i.pdf, acesso em 07/11/17
“Os romanos foram honrados em quase todas as nações: impuseram as leis da sua hegemonia a muitos povos: hoje, as letras e a história celebram-nos em quase todas as raças. Não têm motivo para queixar-se da justiça do Deus supremo e verdadeiro: eles receberam sua recompensa...; os judeus, que tinham morto Cristo, foram justamente entregues aos romanos, para a glória destes. Aqueles, que pelas suas virtudes, [...] procuraram e obtiveram a glória terrestre deviam vencer aqueles que, com seus enormes vícios, mataram e recusaram o dispensador da verdadeira glória e da Cidade Eterna.” Santo Agostinho – A Cidade de Deus – Livro V, cap. XVIII, p. 527. - Texto adaptado: http://charlezine.com.br/wp-content/uploads/Cidade-de-Deus-Agostinho.pdf. Acesso em 07/11/17
Os textos foram escritos por cidadãos romanos, em diferentes épocas, e tratam momentos distintos da história de Roma. No entanto, eles concordam que:
a dominação militar de Roma sobre outros povos não seria duradoura.
o poder de Roma dependeu da conquista militar e da aceitação das leis.
a explicação para o imenso poderio romano é de ordem religiosa.
o crime e os vícios dos fundadores de Roma foram os fundamentos do império.