O hormônio tireotrófico (TSH), também chamado de tireotrofina, é uma glicoproteína dimérica (subunidade α e β), de peso molecular aproximado de 28.000 e especificidade entre as espécies.
Sua produção se dá nos tireotrofos da adeno-hipófise quando sob estimulação hipotalâmica (TRH), e o aumento na concentração de tiroxina (T4) e triiodotironina (T3) reduz a secreção de TSH. Apresenta meia vida de 30 a 50 minutos e determina a produção e liberação de iodotironinas na tireóide, além de hipertrofia do epitélio secretor devido ao aumento do metabolismo e da síntese de RNAm.
O mecanismo de ação do hormônio em questão na tireóide abrande o aumento do AMPc intracelular, levando, entre outras respostas, ao aumento da captação de iodo; estimula também a quebra de tireoglobulina. Sua secreção é modulada pela retroalimentação dos hormônios tireoidianos, além de ser suprida pela dopamina, somatostatina e glicocorticóides; no entanto, o estimulador principal da secreção de TSH é o frio. O fato de o centro termorregulador ser próximo do hipotálamo com a região de síntese do TRH torna mais fácil o engrandecimento na produção de calor por meio do aumento do metabolismo em resposta à queda da temperatura corporal. Além dos glicocorticóides, a privação alimentar pode reduzir a atividade do eixo hipotálamo-hipófise-tireóide.
A secreção de TSH é pulsátil e circadiana. A primeira (pulsátil) caracteriza-se por flutuações no intervalo de 1 a 2 horas. Todavia, devido à baixa amplitude destas secreções e ao fato de sua meia-vida ser relativamente longa, as concentrações séricas desse hormônio apresenta variação mínima. Já a variação circadiana caracteriza-se por um pico noturno que antecede o começo do sono e, aparentemente, depende do ritmo do cortisol e das flutuações dos hormônios tireoidianos. Caso o sono seja atrasado, o pico de TSH torna-se maior e mais prolongado. Contrariamente acontece quando se dorme mais cedo.
Nos seres humanos, a concentração sérica desse hormônio varia de 0,5 a 5mU/L, com taxa de produção de 40 a 50mU/ dia ou 100 a 400 um/ dia. Essa taxa pode aumentar em até 15 vezes em indivíduos que apresentam problemas na tireóide.
Fontes:
Farmacologia Aplicada à Medicina Veterinária – Helenice de Souza Spinosa, Silvana Lima Górniak e Maria Martha Bernardi; 4° edição. Editora Guanabara Koogan, 2006.
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27302004000100006
http://www.bragafilho.com.br/dosagens4/tsht3t4.html