Por Débora Carvalho Meldau
A prolactina (PRL) é um hormônio secretado pela adeno-hipófise, formado por 198 aminoácidos com estrutura similar à do hormônio do crescimento e lactogênico placentário, com peso molecular de 2.200 daltons (DA), responsável por incitar a síntese de leite pelas glândulas mamárias. Encontra-se presente tanto em indivíduos do sexo masculino quanto do sexo feminino, sendo encontrado em maio proporção nesse último grupo.
Sua produção ocorre, em maiores níveis, durante a gestação, mas também no período pós-parto (puerpério) em consequência de pressões psicológicas e físicas ou drogas utilizadas, bem como durante o período de amamentação.
A junção da gravidez, estrogênios e aleitamento, é a influencia mais significativa sobre a secreção de prolactina. Durante o período gestacional, a secreção desse hormônio aumenta em até 20 vezes o nível plasmático normal. Sua secreção também é mais elevada durante a noite e quando associada a situações estressantes. Ainda não se conhece ao certo o significado funcional dos elevados níveis plasmáticos de prolactina nesses casos.
O início da atuação da PRL ocorre por meio de uma ligação desta a um receptor presente na membrana plasmática. Alguns efeitos comportamentais desse hormônio foram citados, dentre elas encontra-se a inibição da libido no ser humano e, nos animais, estimulação do comportamento protetor dos pais com os filhotes.
A quantificação desse hormônio no plasma sanguíneo é amplamente utilizada na prática médica para:
- Avaliar galactorréia;
- Detectar tumores hipofisários secretores de PRL;
- Detectar hiperprolactinemia no puerpério;
- Avaliação de infertilidade feminina;
- Amenorréia secundária;
- Oligomenorréia;
- Impotência masculina;
- Ginecomastia;
- Hipogonadismo masculino.
Quando a produção de PRL encontra-se elevada, surge a hiperprolactinemia que leva a alterações menstruais nas mulheres e infertilidade. Nos homens, causa impotência sexual por afetar a produção de testosterona, além de ginecomastia (aumento das mamas). Esta afecção é causada pela presença de um tumor benigno que, quando mede menos de 1 cm de diâmetro, recebe o nome microprolactinoma, e quando maior do que 1 cm de diâmetro, é denominado macroprolactinoma.
Até 100 ng/mL de PRL é considerado normal. Valores acima de 200 ng/mL é sugestivo de tumor secretor de prolactina, embora prolactenemia normal não afaste a possibilidade da existência desse tumor.
Existem alguns fármacos responsáveis por elevar os níveis plasmáticos de PRL, dentre eles encontram-se:
- Estrogênios;
- Anti-hipertensivos;
- Fenotiazinas;
- Anti-depressivos tricíclicos;
- Haloperidol;
- Meti – Dopa;
- Butirofenonas;
- Cimetidina;
- Reserpina.
Além das causas anteriormente citadas de elevação de PRL plasmática (gravidez, pós-parto e amamentação), outras causas podem ser encontradas, como ooforectomia bilateral (remoção cirúrgica dos ovários), hipotireoidismo e lesões hipotalâmicas.
Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Prolactina
http://www.carolile.hpg.com.br/adeno/prolactina.html
http://www.bragafilho.com.br/dosagens4/prolactina.html
http://estudmed.com.sapo.pt/trabalhos/prolactina_2.htm
http://embryology.med.unsw.edu.au/Child/milk1.htm
Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/hormonios/prolactina-prl/