A Alabarda é uma arma medieval formada por uma haste comprida de madeira, terminada em um espigão de ferro atravessado por uma lâmina também de ferro, em formato de meia-lua, com um esporão do lado oposto. A alabarda é incluída na categoria de armas de cabo longo, que se tornaram mais conhecidas a partir do século XVI. Sua difusão provocou a associação de diferentes formas, o que pode confundi-la com outras armas de cabo longo como Bardiche, Spetum, Ranseur, Partisan, entre muitas outras.
A alabarda era a arma dos Sargentos. Considerada essencial para uma infantaria, era mais eficaz que um elefante contra invasores de fortificações e muralhas. Por conta de sua eficiência e multifuncionalidade comparada às demais armas da época, era utilizada pelos guardas de castelos e palácios para proteção das propriedades. Ainda hoje a Alabarda aparece como o padrão em unidades militares históricas, mantidas para fins decorativos, com suas fardas e armaduras de época.
A alabarda possuía uma poderosa eficácia e efeito especial no combate a oponentes montados ou usando armaduras. Algumas vezes a lâmina em forma de meia-lua convexa dava lugar a uma em forma de meia-lua, ou um "V", para encaixar melhor na perna do cavalo e derrubar o oponente. A alabarda também podia ser usada apoiando a extremidade contrária da haste no pé e apontando a peça pontiaguda de lança para o peito do cavalo, matando-o.
O uso corpo-a-corpo não era frequente devido à haste longa. O soldado armado de alabarda geralmente possuía uma adaga e eventualmente uma espada curta para estas situações. Além dos usos da parte ativa, a haste ou cabo poderia ser usado como bastão, para impacto, e o pé ou coronha muitas vezes era recoberto por metal para ser usado como ponta ativa secundária, para atingir um oponente que já tivesse ultrapassado o soltado, que aplicava um golpe para trás.
As partes componentes da alabarda são: A lâmina longitudinal reta , as porções transversais, o cabo, o adorno e o pé. A lâmina longitudinal reta é uma peça reta pontiaguda, que permitia o uso da alabarda como lança, o que era muito utilizado nos combates contra outras unidades de infantaria, principalmente as que escalavam muralhas por meio de escadas. Essa parte permitia ao soldado explorar emendas e aberturas nas armaduras dos oponentes. As porções transversais eram a lâmina e o gancho. A sua lâmina em meia-lua possibilitava que a alabarda fosse usada como dispositivo de corte a distância. As alabardas com pontas transversais curvas, menores e finas, tinham a finalidade principal de explorar aberturas da armadura do oponente, atingindo-o por alguma fresta, ou enganchar-se a peças componentes da armadura, na tentativa de expor alguma parte do corpo do usuário, ou mesmo arrancar uma porção da armadura. Esta porção transversal tinha também a utilidade de evitar a transfixação completa, que poderia prender a alabarda e assim desarmar o usuário após o primeiro uso efetivo. O cabo é a parte usada para manuseio, de comprimentos variados, geralmente tinham diâmetro menor para preensão com as duas mãos. O adorno, apesar de ser visto como adorno, tinha a utilidade de evitar que o sangue do oponente deixasse o cabo escorregadio. O pé, além de servir de apoio, muitas vezes era recoberto por metal, para ser usado também como ponta ativa secundária.
Fontes:
http://compilacaomedieval.webnode.com.br/tutorial-de-armas/armas-de-haste/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Alabarda
http://arsgladiatoria.wordpress.com/treino/alabarda/
http://en.wikipedia.org/wiki/Halberd