Suserania

Por Alex Federle do Nascimento
Categorias: Idade Média
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Durante a Idade Média dentro das estruturas existentes na política, na economia e na sociedade teve-se a predominância do feudalismo (este pode ser chamado por modo de produção) que venho para substituir o chamado escravismo greco-romano. E dentro do feudalismo destacaram-se algumas práticas feudais, dentre elas temos a suserania.

Os famosos senhores feudais ligavam-se consigo de modo que travavam relações de suserania e vassalagem (o suserano oferecia terras à proteção de um vassalo, e este as recebia estando na obrigação de cuidá-las e de auxiliar ao seu suserano em guerras e pagamento de impostos). Mas, a concessão poderia ser também de exploração de direitos de pedágio em pontes ou estradas, de recolhimento de alíquotas em uma aldeia ou região, etc.

Para marcar essa relação de dependência, se realizava uma cerimônia, um processo denominado por homenagem (o que seria um juramento de fidelidade existente entre o suserano e vassalo – o senhor que receberia o beneficio, realizaria este juramento na presença dos evangelhos). E era assim que, se fazia um suserano, somente quando o senhor confiava ao vassalo uma parte de suas terras, para que assim formasse o seu próprio feudo. É importante salientar que, essa prática suserana era realizada de forma hereditária. Um suserano poderia conter vários vassalos, e todo vassalo de forma que diversos senhores feudais e nobres guerreiros de uma assentada região, assumiam uma obrigação mútua de defesa. No mais, todo esse processo pode ser simplesmente compreendido como um procedimento de relações de vinculação pessoal e de obrigações recíprocas.

Dessa maneira, os componentes da nobreza relacionavam-se entre si por meio de uma estrutura hierárquica. Como podemos observar logo abaixo, na base hierárquica encontravam-se os cavaleiros, acima deles, ficavam os barões, que tinham como seus suseranos os duques, condes e marqueses. E por fim, ao topo da hierarquia feudal situava o rei, que possuía direitos sobre seus vassalos.

E caso houvesse necessidade, o suserano acabava dando proteção militar ao vassalo. Além disso, a Igreja mantinha também relações de suserania e vassalagem, pois de forma direta ou indireta cava por apoiar todas aquelas práticas devido aos interesses almejados.

Com o passar do tempo, em meio a um progresso que se desencadeou através de relações dependentes e leais entre senhores, passou a surgir reis vassalos de outros suseranos. Como existia um fragmento entre os poderes, fazia-se então necessário, que as relações existentes entre a suserania e a vassalagem garantissem coerência diminuta entre os dominadores, e que isso, pudesse subverter a ordem.

Bibliografia:
ARRUDA, José Jobson de Andrade. O sistema feudal. História Integrada: da Idade Média ao nascimento do mundo moderno. V. 2, São Paulo: Ática, 1996, p. 31-36.

MACHADO, Fernando. Feudalismo: servidão, impostos, taxas, suserania e vassalagem. Disponível em: http://educacao.uol.com.br/historia/ult1690u18.jhtm, acessado em 11 de fevereiro de 2010.

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