Ao contrário da maioria das grandes invenções da história, o computador não tem um inventor. Essa máquina surgiu e vem sendo aprimorada desde a Idade Antiga, passando por um processo evolutivo tão expressivo quanto sua importância para a sociedade contemporânea.
Tudo começou na necessidade dos povos antigos de realizar contagens (computar = contar). Assim, quando se chegou ao momento em que tais contagens não poderiam mais ser feitas apenas com os dedos ou pedras, foram sendo arquitetados novos dispositivos que pudessem desenvolver cálculos sem maiores trabalhos.
O primeiro invento dessa linhagem foi o ábaco, um aparelho mecânico constituído de hastes paralelas e contas (pequenas esferas) que poderiam ser movimentadas e, de acordo com sua posição, representava o número trabalhado. Esse dispositivo possibilitava cálculos de até 5 dígitos, e, quando utilizado com habilidade, desenvolvia contas tão rapidamente quanto uma calculadora moderna. Para tanto, hoje em dia, o ábaco ainda é utilizador por comerciantes em algumas regiões da Ásia.
Depois do ábaco foram criados outros aparelhos, também analógicos, capazes de realizar contagens, como os ossos de napier, a pascalina (primeira calculadora mecânica do mundo), a máquina de Leibniz, o tear automático, a máquina de diferenças, a máquina analítica de Babbage, o tabulador automático, entre outros. Todos esses aparelhos surgiram por aperfeiçoamento, ou seja, quando um não realizava determinada tarefa, o próximo era criado a fim de suprir tal necessidade. Essa evolução não foi um processo rápido como nos dias atuais, visto que, naquela época os recursos eram mais restritos.
Os aparelhos analógicos foram aprimorados até dar origem, enfim, aos aparelhos digitais, todos esses que utilizamos hoje. As máquinas continuaram a ser aperfeiçoadas, passando, agora, a serem divididas em gerações.
A primeira geração é a dos eletro-eletrônicos, computadores de tamanhos exponenciais, compostos por numerosas válvulas. O primeiro dessa fase foi o Z1, um eletromecânico que passou por constantes melhoramentos, dando origem ao Z2, Z3 e Z4. Teve-se, ainda o Mark-1, que ocupava 120 m² e realizava 10 multiplicações em 3 segundos, e o ENIAC, primeiro eletrônico desenvolvido, que pesava 30 toneladas, 5,5 metros de altura e 25 de comprimento!
A segunda geração é marcada pelos transistores, que tiveram a função de substituir as válvulas, por serem menores, mais rápidas e mais duradouras. Dentre a ordem dos computadores transistorizados tivemos o TX-0 e o PDP-1.
Já a terceira geração é marcada pelos circuitos integrados, uma nova tecnologia que propiciava a síntese dos transistores e válvulas numa pequena placa de silício, o chip. A utilização do chip trouxe uma série de benefícios como, a redução de tamanho dos computadores, velocidade, baixo custo e baixo consumo de energia. OIBM e o PDP-11 foram os principais modelos que fazem parte dessa geração.
A quarta e atual geração é a dos microprocessadores, dispositivos eletrônicos encapsulados num chip possuindo uma unidade de controle, uma unidade lógico-aritmética e uma memória interna. O uso do microprocessador tornou o computador ainda mais rápido, com menor consumo de energia e dotado de memórias cada vez maiores.
Hoje presenciamos um cenário de constante inovação, com máquinas cada vez mais modernas, e que mais bem atendem às necessidades de uma sociedade amplamente aderida ao advento da tecnologia.
Referências Bibliográficas
CORNACHIONE, Edgar B. Jr. Informática. Atlas: São Paulo, 2001.