Mantido em sigilo absoluto pela NSA (Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos) desde o ano de 2007, o Prism (Prisma) consiste em um programa de vigilância que visa monitorar e avaliar mídias eletrônicas possibilitando a investigação de dados em tempo real, além de monitorar, avaliar e recuperar o conteúdo.
O Prism funciona através de grandes sistemas de roteadores pelos quais é analisada grande parte do tráfego de dados em escala global. De acordo com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, o programa teve aprovação de funcionamento cedida pelo Congresso Nacional e passa por fiscalização do Sistema Judiciário do país.
Porém, no ano de 2013, um funcionário da Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos (NSA), Edward Snowden, tornou públicos alguns documentos que revelaram parte do funcionamento deste sistema. De acordo com o material revelado, gigantes da internet como Skype, Paltalk, AOL, YouTube, Apple, Yahoo!, Facebook, Google e Microsoft estariam fornecendo dados de seus usuários ao sistema Prism. Segundo informações do jornal britânico "The Guardian", a ferramenta foi usada pelo governo dos EUA e, somente no mês março de 2013, foram feitos 97 bilhões de registros, dos quais não se sabe com exatidão a natureza do conteúdo.
O Prism foi desenvolvido em substituição ao Programa de Vigilância do Terrorismo, implantando durante o governo de George W. Bush após os ataques terroristas que derrubaram as duas torres gêmeas no dia 11 de setembro de 2001. Isso ocorreu devido às diversas críticas recebidas pelo programa por não ter sido aprovado pelo Tribunal de Vigilância de Inteligência Estrangeira. Desta forma, após Obama assumir a presidência, o Prism foi instalado.
Um usuário de rede social que estiver sob suspeita do Prism, que busca diariamente informações a respeito de armas nucleares e ataques terroristas, pode ter todos os seus dados cedidos a um agente da NSA, que recebe carta branca da empresa envolvida para investigar todos os acessos. São liberados dados do Gmail, Google Drive, chaves de buscas e bancos virtuais de arquivos como fotos e conversas. Segundo especialistas do setor, as companhias envolvidas recebem remuneração pela liberação das informações.
Fontes:
http://www1.folha.uol.com.br/tec/2013/06/1295459-prism-reacende-debate-sobre-privacidade-na-internet-no-brasil-faltam-leis-sobre-o-assunto.shtml
http://www.theguardian.com/world/prism
http://pt.wikipedia.org/wiki/PRISM_(programa_de_vigilância)
http://www.observatoriodaimprensa.com.br/news/view/_ed756_facebook_ame_o_ou_deixe_o