Anopheles

Graduado em Ciências Biológicas (UNIFESO, 2014)

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Anopheles é um gênero de mosquito da família Culicidae e subfamília Anophelinae, dividido em torno de 400 espécies; popularmente chamado de mosquito-prego no Brasil. Prefere climas tropicais e subtropicais com altos índices de umidade e temperaturas variando entre 20ºC a 30ºC, não sendo possível a sua sobrevivência a temperaturas abaixo de 15ºC e altitudes acima de 1500 metros. O gênero Anopheles se distingue pela presença de palpos (órgão bucal com função sensorial) e pela presença da probóscide (apêndice alongado encontrado na cabeça), além de dormir com o abdômen voltado para cima.

Mosquito Anopheles. Foto: Somboon Bunproy / Shutterstock.com

Seu ciclo de vida se divide em 4 etapas:

Ovo: São depositados pela fêmea em água parada. O ovo passa para o próximo estágio dentro de 2 a 3 dias podendo se estender a semanas se o clima não for favorável; não sobrevive a baixas temperatura e ambientes com pouca umidade.

Larva: Nesta etapa, já é possível uma alimentação constituída em uma dieta de microrganismos encontrados na água. Diferente de outros gêneros de mosquito, o Anopheles vai até a coluna d’água para absorver o ar encontrado na superfície; dentro deste estágio ele passa por mais 4 transformações.

Pupa: Sofre metamorfose ainda dentro d’água onde chega a fase adulta.

Adulto: troca o seu ambiente para fora d’água e são sexualmente ativos, o macho possui uma alimentação a base de néctar, as fêmeas se alimentam de sangue (preferencialmente humano) por causa do desenvolvimento dos ovos, quando deposita cerca de 200 ovos por vez.

O gênero Anopheles é o principal vetor de microrganismos causadores da malária e da filariose linfática. A malária já causou graves pandemias pelo o mundo; com isto, este gênero de mosquitos causa em torno de um milhão de mortes por ano, sendo considerado como o animal mais mortal para os seres humanos. No Brasil existem em torno de 50 espécies deste mosquito, onde os maiores casos da malária se encontram na região Amazônica (99,5% dos casos). Como não existe uma vacina eficaz para a malária, além das ações de educação em saúde, o Governo Federal lançou medidas de prevenção destacando o controle do vetor. É orientado à população que use cortinas, telas de proteção em janelas e portas, evite lugares com grande potencial para criadouros no fim da tarde e amanhecer, utilize mangas e calças compridas, e o uso de repelentes a base de DEET (N-N-dietilmetatoluamida), salvo as crianças menores de 2 anos idade.

Referências:
http://nationalzoo.si.edu/Animals/AnimalRecords/
http://www.planetainvertebrados.com.br/index.asp?pagina=especies_ver&id_categoria=28&id_subcategoria=&com=1&id=214&local=2
http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/leia-mais-o-ministerio/664-secretaria-svs/vigilancia-de-a-a-z/malaria/l2-malaria/12194-como-se-prevenir

Arquivado em: Insetos
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