Os mosquitos pertencem a Classe Insecta, Ordem Diptera, Subordem Nematocera. Os mais conhecidos por serem transmissores de doenças pertencem à Família Culicidae, são mosquitos sugadores de sangue, conhecidos por pernilongos ou muriçocas.
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Importância médica
Três gêneros de mosquitos tem destaque por sua importância médica:
Culex
São insetos comuns nas habitações. Algumas espécies são agentes vetores, isto é, transmissores de filarioses. Essa doença atinge o ser humano e é causada pelo nematoide parasita Wuchereria bancrofti e seu vetor é a espécie Culex quiquefasciatus. O protozoário parasita o sistema linfático humano quando o mosquito o pica. Provoca inflamações e inchaço nos gânglios linfáticos e membros do corpo como pernas, essa inflamação gera um edema (inchaço) podendo levar o indivíduo à incapacidade física pelo aumento dos membros, principalmente as pernas. Felizmente existe tratamento para a doença por meio de medicamentos como a Ivermectina. Como medidas preventivas à essa doença deve controlar a população de mosquitos e utilizar de telas nas janelas nos locais onde o inseto está presente.
Aedes
Nesse gênero temos a espécie Aedes aegypti responsável pela doenças dengue e febre amarela e atualmente preocupam o surgimento das doenças Zika e Chikungunya. Para se ter uma ideia da gravidade do assunto, somente em 2016 foram registrados cerca de 2 milhões de casos de doenças transmitidas pelo mosquito Aedes com 846 mortes de pessoas infectadas, segundo informações do Ministério da Saúde, divulgadas em janeiro de 2017. Felizmente, pesquisas realizadas pela Fiocruz Amazonas, publicadas na revista Plos Medicine, o próprio Aedes aegypti pode ser usado no controle de surtos de Dengue, Febre Amarela, Zika, Chikungunya. Os pesquisadores utilizaram os mosquitos para disseminar o larvicida Pyriproxyfen em criadouros aquáticos, por meio de uma espécie de armadilha, chamada de estação disseminadora de larvicida. A fêmea do mosquito Aedes aegypti coloca seus ovos na água para se desenvolverem. Pequenas quantidades de água são suficientes para que os ovos eclodam e as larvas se desenvolvam. Por mais campanhas que sejam realizadas alertando a população para não deixar água parada, recipientes com água, a eliminação completa dos criadouros é muito difícil. Assim, essa pesquisa, que vem mostrando resultados muito satisfatórios pode contribuir para diminuir a proliferação do mosquito.
Anopheles
Nesse gênero existem espécies que transmitem a malária, pois carregam em seu corpo protozoários do gênero Plasmodium. O mosquito fêmea contaminado pica o ser humano em busca de sangue e acaba contaminando-o por meio da saliva. No Brasil, três espécies estão associadas à malária: Plasmodium vivax, Plasmodium falciparum e Plasmodium malarie. Raramente, ocorrem casos de contaminação de pessoa para pessoa, porém é necessário tomar cuidado com seringas contaminadas compartilhadas por usuários de drogas, transfusões sanguíneas ou de mulheres gestantes para o feto durante a gestação. A malária provoca febre alta contínua e posteriormente de três em três dias, dores musculares pelo corpo, aumento do baço, delírios e até taquicardia. P. falciparum pode afetar o sistema nervoso humano, causando lesões no cérebro, levando a morte.
Importância ecológica
Assim como todos os seres vivos do planeta, os mosquitos estão em constante interação com outras espécies e participam das cadeias e teias alimentares. A própria modificação dos ambientes, depósito de lixo de forma inadequada e ausência de predadores naturais nas cidades favoreceram a proliferação elevada de alguma espécies de mosquitos. Eliminá-los nesses locais não seria um problema mas, com relação aos mosquitos silvestres, fazem parte da cadeia alimentar de diversas espécies de peixes, anfíbios o que afetaria os ecossistemas de água doce e também a alimentação humana pois consumimos muitos esses peixes de água doce.
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