O Memorial da Paz de Hiroshima, denominado igualmente Cúpula Genbaku ou Cúpula da Bomba Atômica, foi primitivamente concebido por Jan Letzel, arquiteto tcheco, para ser a sede da Exposição Comercial da Prefeitura de Hiroshima, cidade japonesa. Sua construção foi concluída em abril de 1915 e o prédio foi inaugurado no mês de agosto deste mesmo ano.
Com o lançamento da bomba atômica na cidade, no dia 6 de agosto de 1945, que provocou o evento mais trágico já vivenciado pela Humanidade, a Cúpula do edifício permaneceu milagrosamente ilesa, apesar deste ponto estar localizado a somente 150 metros do hipocentro da explosão. Este fato levou os japoneses a adiarem constantemente sua demolição.
À medida que Hiroshima voltava a se desenvolver em volta da face superior e externa da cúpula, criava-se uma intensa polêmica: destruir tudo definitivamente ou preservar sua disposição como uma lembrança do que ocorreu no passado, um alerta contra uma nova catástrofe nuclear?
A decisão final foi tomada em 1966, quando o governo decretou oficialmente a preservação da ‘Cúpula da Bomba Atômica’. Na lateral da edificação está localizado o Parque Memorial da Paz, em meio aos dois canais que alimentam o rio Ota, florescendo a partir da ponte no formato da letra T que se estende sobre as águas. Nele são encontradas placas, fotos, documentos, efígies, enfim, terríveis lembranças da explosão atômica; assim, a partir deste material, é possível meditar sobre os rumos da espécie humana e sua inclinação aos confrontos bélicos.
Por essa razão, o visitante deve ter tempo disponível e persistência para absorver os símbolos traduzidos por cada ícone e palavra aí gravados. Com certeza ele saíra desta excursão com o estímulo necessário para a luta contra os armamentos nucleares. Em dezembro de 1996 o Memorial foi declarado Patrimônio Mundial da Unesco, com base na Convenção sobre a Proteção do Patrimônio Cultural e Natural.
Países como a China e os Estados Unidos levantaram algumas dificuldades para que este memorial fosse convertido em patrimônio histórico. Os chineses alegaram que este monumento poderia posicionar o Japão como vítima da Segunda Guerra, quando o país, durante este confronto, provocou a morte de inúmeras vítimas entre seus adversários.
Os norte-americanos se abstiveram do voto, pois consideraram que a edificação deste símbolo da tragédia atômica levaria as pessoas a focarem na explosão atômica e a esquecerem, assim, o que motivou as forças armadas dos Estados Unidos a tomarem a decisão de lançar a bomba sobre Hiroshima.
Outras contruções visam disseminar a paz mundial; entre elas estão: o Monumento das Crianças da Bomba Atômica, em lembrança das crianças mortas; o Monte Memorial da Bomba Atômica, no qual estão abrigadas as cinzas das vítimas que não puderam ser identificadas; a Sala Nacional Memorial da Paz, que engloba a Sala da Lembrança, onde foi criada uma réplica de Hiroshima depois da explosão, a 360º; o Museu Memória da Paz e as Portas da Paz, cinco portas que apresentam o termo ‘paz’ escrito em vários idiomas.
Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Memorial_da_Paz_de_Hiroshima
https://web.archive.org/web/20111027174331/http://arcanjodan.blogspot.com/2009/09/memorial-da-paz-em-hiroshima.html
http://ordemdodragao-poa.blogspot.com/2009/08/hiroshima-64-anos.html
http://fotoseimagens.blogs.sapo.pt/56443.html
Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/japao/memorial-da-paz-de-hiroshima/