Dando continuação à estrutura básica da frase em japonês, trataremos agora do modo correto de fazer perguntas.
Como dito anteriormente, a escrita japonesa não se utiliza de pontos de exclamação ou interrogação. Talvez você os encontre nos mangás, mas é um caso informal. Na escrita oficial, esses sinais não são usados.
Mesmo assim, o japonês possui uma partícula que fica final da frase, e indica uma pergunta. Trata-se do "ka":
Sempre que estiver no final da frase, o "ka" está indicando uma questão. É uma mistura de ponto de interrogação com as interjeições "hein", "né" ou "o quê", que utilizamos em português.
Shiuba-san wa ringo o tabemasu ka: O (senhor) Silva come maçãs?
"san" é o equivalente a "senhor" ou "senhora" em português. Em japonês, sempre que se referir a uma pessoa em especial, utilize o "san":
wa - partícula referente ao sujeito:
ringo - maçã:
o - partícula referente ao objeto:
tabemasu - comer:
ka - partícula interrogativa
Outro exemplo:
Marukosu-san wa terebi o mimashita ka: O (senhor) Marcos assitiu televisão?
terebi - televisão; é derivado do inglês "television", por isso é escrito em katakana:
mimashita - viu, assistiu:
Agora, uma palavra sobre os verbos. Aqui, felizmente, não temos aquela série de tempos verbais que precisamos decorar, como em português. Os dois únicos tempos são o presente e o pretérito (passado), em suas formas afirmativa e negativa.
Já vimos o caso de "desu", cujo negativo é "de wa nai"; assim como em português, temos verbos irregulares, e este é um deles;
Na verdade, ele é uma contração de "de arimasu" - existir, ter, haver.
Seu pretérito é "deshita" e o negativo, "-masen deshita".
O "desu" é um caso a parte, pois ele também é classificado como um marcador de tópico, um termo de realce de afirmação, assim como "ka" funciona para indicar uma questão.
Muitos outros verbos, no seu passado, terão a desinência "-shita" e "-masen deshita".
No caso visto -
miru - ver mimasen - não ver
mimashita - viu mimasen deshita - não viu
Elaborado por Emerson Santiago Silva