A língua portuguesa entra em sua fase “moderna” a partir do século XVI, através da definição da morfologia e da sintaxe, e portanto, do surgimento das primeiras gramáticas. A rica literatura renascentista teve um papel fundamental para a normatização do português moderno, principalmente através de Luís Vaz de Camões. Em 1572, quando Camões escreveu “Os Lusíadas”, a aplicação das regras gramaticais já se assemelhava muito com o que temos hoje, tanto em termos de sintaxe, quanto na morfologia.
Algumas mudanças ainda ocorreriam, mas não com tanto significado, quanto o que ocorreu nas fases anteriores de evolução da língua. Um fato considerável foi o fato de o trono espanhol governar Portugal, entre os anos de 1580 e 1640, quando algumas palavras do vocabulário castelhano foram incorporadas ao português. Outro fato foi a contínua influência francesa, através das artes, da literatura, e da cultura em geral, já no século XVIII, o que fez com que o português falado na metrópole se diferenciasse do português falado nas colônias.
Nos dois séculos seguintes (XIX e XX), com o avanço da tecnologia, foram incorporados novos vocábulos ao léxico português para designar os novos termos que surgiam, a maioria vindos do grego e do latim ou do inglês. Em 1990, em uma tentativa de uniformizar o vocabulário, foi criada uma comissão com representantes dos países de língua portuguesa, pois diferentes termos eram incorporados ao léxico de cada país, e um mesmo objeto era denominado de diferentes maneiras.
No Brasil, o português se modernizou junto com o país, principalmente após as reformas do Marquês de Pombal, com o fim da aristocracia clerical e a ascensão da burguesia. A língua começou, pois, a ser pensada de forma científica, inaugurando-se, em 1868, a moderna filologia portuguesa, através da publicação de “A Língua Portuguesa”, por Adolfo Coelho.
Em 1911, logo após a implantação da República, ocorreu a primeira reforma ortográfica em Portugal, abolindo o “ph” e as consoantes dobradas. Em 1931 foi gerado um acordo preliminar que buscava unificar as ortografias em Portugal e no Brasil, mas apesar de a reforma ter ocorrido poucos anos depois, em 1945, ela só foi aplicada em Portugal, e as disparidades entre as duas ortografias permaneceram. Somente um novo acordo em 1971 foi criado um novo acordo no Brasil abolindo os acentos graves dos advérbios terminados em –mente e nas palavras começadas por z.
O último acordo ortográfico a entrar em vigor foi o do ano de 2009, que buscou a unificação das ortografias entre os países de língua portuguesa, incluindo os países africanos.
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Fontes:
http://www.linguaportuguesa.