O Ritmo dá vida a um poema e também a uma canção. Apesar da música e da composição poética terem certo parentesco, daí uma das modalidades da poesia ser conhecida como lírica, as unidades rítmicas de uma e de outra apresentam marcantes diferenças.
Enquanto as criações musicais são comandadas pelo compasso, o qual se divide em tempos, na poesia rege a métrica, mais flexível do que o ritmo de uma música. É este elemento que imprime o belo em uma canção ou em uma poesia. Na obra poética o poeta pode transformar uma impressão rítmica, como, por exemplo, a da correnteza de um rio, em sonoridade e palavras, e em seguida convertê-las em versos.
O ritmo, portanto, é a melodia do verso. E para que ele soe dessa forma melódica é necessário alternar sílabas intensas e outras mais frágeis, com espaços harmônicos entre elas. Uma série implacável dessas sílabas é que imprime musicalidade, homogeneidade e encantamento ao verso.
O pé é a unidade básica do ritmo de um poema. Nas origens da poesia seu criador declamava os versos ao som da lira ou demarcando a cadência com o pé, daí a base essencial da composição poética ser intitulada ‘pé’. Ele é configurado por várias sílabas e um único vocábulo pode incluir vários pés.
Um pé tem também a possibilidade de atuar como elemento de ligação em diversas palavras; isso ocorre quando, por exemplo, a última sílaba de um termo se vincula à primeira do vocábulo seguinte: “linda amada”. Em cada pé uma das sílabas impõe a aterrissagem do pé, denominada golpe, que sinaliza o ritmo ou tempo intenso, enquanto a outra sílaba determina a subida do pé ou, melhor dizendo, seu tempo fraco.
O Anapesto é uma dessas unidades do ritmo poético. Ele é estruturado por duas sílabas átonas ou breves e uma sílaba tônica ou longa, em um ritmo que se eleva. O vocábulo que lhe dá nome tem origem no latim anapaesticu. É um pé latino ou grego e é igualmente denominado pé anapéstico.
É típico dos ritmos galopantes, sendo muito utilizado também em hinos, como, por exemplo, o Hino à Bandeira Nacional e o Hino de Pernambuco. Outros pés básicos comuns são:
Troqueu ou Coreu: é configurado por uma sílaba longa, tônica, e uma breve, átona: morta;
Jambo ou Iambo: é formado por uma sílaba átona e uma tônica: gordão;
Dátilo: é composto por uma sílaba tônica e duas átonas: métrica.
Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ritmo_no_poema
http://pt.wikipedia.org/wiki/Anapesto
http://www.infopedia.pt/$anapesto
http://descansodasletras.forumeiros.com/t102-elementos-basicos-de-poesia
Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/literatura/anapesto/