Para identificar os autores que tem suas obras censuradas em sua época e obtêm reconhecimento muitos anos após sua publicação, foi criado o termo escritores ou poetas "malditos". Com a censura de seus pensamentos, as obras ficam muito tempo mofando sem chegar a um grande número de leitores. A maioria delas, quando descoberta pelos críticos e público em geral, são consideradas inovadoras e influentes. O termo poetas malditos ganhou maior notoriedade quando, nos anos de 1884 e 1888, o amigo de Rimbaud, Paul Verlaine, publicou a obra "Les Poètes Maudits" (Os Poetas Malditos). Assim eram apresentados ícones como Rimbaud e Tristan Corbière. O termo maldito também pode ser aplicado em autores do fim do século XIX que passaram pelo mesmo processo como William Blake e Baudelaire.
Outros escritores que ganharam a alcunha foram Henry Miller, que teve suas obras proibidas nos Estados Unidos dos anos 30, os beatniks dos anos 50 como Allen Ginsberg, Jack Kerouac, William Burroughs e Lawrence Ferlinghetti. Também houve a época dos escritores beberrões como Charles Bukowski e John Fante, ambos obtiveram reconhecimento após anos lutando com as palavras e a pobreza. Todos estes autores são associados pelos críticos literários como transgressores, escritores que romperam a se rebelaram contra as tradições e costumes da época em que iniciaram seus trabalhos. O maldito é o contrário do que se chama de olímpico na crítica literária. Por exemplo, Victor Hugo foi o olímpico, majestoso e sublime de sua época, já Baudelaire foi o maldito, pois sua principal obra "Flores do Mal" ganhou um processo no tribunal de Sena.
Ao abordar o tema “malditos”, pode-se fazer um índice cronológico, analisando autor por autor desde Baudelaire até Michel Houellebecq. Ou então, é possível analisar temas associados ao termo “maldito”, onde seria possível verificar a validade da aplicação do termo, a quebra de paradigmas de sua criação literária e sua influência na sociedade.
Os escritores considerados malditos no Brasil são: Sousândrade, João Antônio, Paulo Lemisnki, Alice Ruiz, entre outros.
Fontes:
http://www.clevanepessoa.net/visualizar.php?idt=144462