São consideradas formas poéticas os diversos preceitos adotados por obras de poesia que apresentam uma determinada estrutura. Essas normas definem elementos como o ritmo ou a métrica de um poema, seu método de rimas ou a utilização da aliteração.
A reiteração de fonemas semelhantes ou análogos no começo de diversos vocábulos inseridos em um mesmo verso constitui o que se chama de aliteração. Seu propósito é atingir o resultado estilístico desejado na obra poética. Já o ritmo é considerado por muitas pessoas o elemento espiritual da palavra.
Ele é definido como uma alternância homogênea de sílabas tônicas e átonas em cada verso de um poema, e está ligado à metrificação e à conformidade dos sons desencadeada pela rima. Nos versos livres o ritmo segue um modelo apropriado; não é, portanto, regido por normas exteriores como os demais. Esse padrão é intitulado Arritmia.
A rima também compõe um dos ingredientes da poesia, embora não seja um quesito imposto à prática poética, nem algo indispensável na composição de um poema. Ela é somente mais uma alternativa à disposição do poeta na tentativa de gerar uma ligação melódica e destacar o fim de cada verso.
Este instrumento técnico foi adotado pelos trovadores a partir da Era Medieval. Hoje há várias obras de poesia nas quais as rimas são dispensadas. Estes poemas são conhecidos como Poesia Branca ou Poesia Solta. Elas são classificadas com base na sua distribuição espacial pelas estrofes e conforme as categorias gramaticais que a constituem.
São identificadas quanto ao seu valor:
- Pobre – é composta por termos que pertencem à mesma classe gramatical.
- Rica – é estruturada por palavras que integram categorias gramaticais distintas.
- Rara – é entretecida por vocábulos que compõem rimas complexas, de laboriosa localização.
- Preciosa – é formada por ardis gramaticais ou união de palavras.
- Imperfeitas – é composta por termos homógrafos, ou seja, grafados de forma idêntica ou parecida, porém com sentidos diversos; e homofônicos, de articulação semelhante ou igual.
O metro de um verso refere-se a sua duração, configurada pela quantidade de sílabas poéticas ou sílabas métricas. No idioma português são utilizados versos que possuem de uma a doze sílabas. Os que apresentam mais de doze sílabas são considerados ‘bárbaros’. As sílabas poéticas se distinguem das sílabas gramaticais por serem computadas por meio das impressões auditivas.
As formas poéticas referem-se também aos tipos de poemas. Há sonetos, constituídos por 14 versos, estruturados em dois quartetos e dois tercetos; as éclogas, criadas no formato dialógico, as quais abordam a temática pastoril; as elegias, obras que exprimem tristeza; as canções, poesias breves; as oitavas, poemas compostos por estrofes de 8 versos; e as sextinas, formadas por estrofes de 6 versos.
Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Categoria:Formas_po%C3%A9ticas
http://www.passeiweb.com/na_ponta_lingua/sala_de_aula/portugues/literatura_portuguesa/autores/lit_port_poesia_lirica
http://www.spectrumgothic.com.br/literatura/elementos.htm
http://descansodasletras.forumeiros.com/t102-elementos-basicos-de-poesia
Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/literatura/formas-poeticas/