Literatura do Chile

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Na época em que os espanhóis descobriram o território chileno, foram feitos diversos relatos sobre como eram as novas terras, os costumes de seus habitantes, entre outras informações. Essas descrições eram feitas por cronistas que estavam sempre perto dos conquistadores, entre eles destaca-se Alonso de Ercilla y Zúñiga, que escreveu “La araucana”, que foi a primeira epopeia feita em solo americano. Nesta obra, o escritor apresenta o encontro dos nativos com o homem branco, as características do povo mapuche, mas não destaca as conquistas espanholas no reino do Chile.

Outra obra de destaque na literatura chilena daquela época foi “Arauco domado”, um poema épico encomendado para rebater “La araucana”. Nesta obra, escrita por Pedro de Oña, o destaque maior foi dados as conquistas espanholas. Esta foi a primeira obra da literatura Chilena a ser escrita por um autor nascido no reino do Chile, mas acabou considerada uma imitação fraca do livro de Ercilla.

Tempos depois, no final do século XIX, ganha força o movimento chamado Criollismo, que tinha inspiração na corrente Naturalista. As características dessa vertente são a valorização do meio rural, paisagens campestres, valores do homem do campo (huaso), caráter épico e luta do homem contra a natureza. O fundador deste movimento foi Mariano Latorre, que escreveu “Zurzulita”, “Cuentos de Maule”, “Cuna de Cóndores” e “Hombres y zorros”.

Mas é no século XX que aparecem os escritores chilenos mais lembrados na literatura mundial. Alguns escritores tiveram destaque no Chile, como Alberto Rojas Jimenez, que escreveu “Chilenos en París”, assim como o poeta e tradutor Romeo Murga Sierralta, autor de “El libro de La fiesta”, “El canto na la sombra”, entre outras. Apesar da importância histórica dos dois autores citados, um nome sobrepôs-se na literatura chilena: Pablo Neruda.

Para a literatura chilena, não há nome mais influente do que Pablo Neruda. O poeta ganhou um Prêmio Nobel de literatura em 1971 e foi o poeta hispano-americano mais influente do século XX. Neruda foi um autor prolífico e, em suas obras, abordou diversos temas. Em “Vinte poemas de amor”, versa sobre sofrimento e amor. Já “Canto geral”, de 1950, é uma obra de caráter mais político e épico. Em suas memórias, “Confesso que vivi”, publicada depois de seu falecimento, apresenta um amplo panorama de sua vida pessoal e do período que viveu.

Além de Neruda, a poetisa e diplomata do Chile Gabriela Mistral também foi uma autora de destaque. Entre as características de sua obra, estão presentes a natureza, coisas simples e as crianças. Seu livro mais famoso leva o nome de “Sonetos de morte”, escrito após o suicídio de seu noivo em 1907. Outras obras de Gabriela Mistral são “Desolación”, “Ternura” e “Tala”.

Na literatura chilena, rica na poesia, encontramos Isabel Allende, que se destacou na prosa. Ela foi a recordista de vendas em seu país, além de ter recebido uma infinidade de prêmios literários. Entre suas obras estão “La casa de lós siete espejos”, “Cuentos de Eva Luna”, “Inés del alma mia”, entre outras.

Fontes:
Galeno, Cicero Lopes (org.). Literaturas americanas. Porto Alegre: ediPUCRS, 2012.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Nobel_de_Literatura

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