Questões sobre o movimento modernista, retiradas de provas de vestibular. Ler artigo Modernismo.
As proposições abaixo se referem ao Modernismo e aos seus Manifestos. Assinale a alternativa incorreta.
O Manifesto Verde-Amarelo, formado por um grupo de escritores jovens, surgiu logo depois do Movimento Pau-Brasil e tinha como objetivo dar continuidade ao Romantismo, que focava o homem português como herói nacional.
Na “Grande Noite” da Semana da Arte Moderna, Menott del Picchia fora vaiado ao apresentar o seu discurso, ilustrado com alguns poemas e excertos.
O Manifesto Pau-Brasil (1924) propunha uma literatura autenticamente nacionalista com base nas características do povo brasileiro e combatia a influência estrangeira na literatura.
A ideia do Manifesto Antropofágico surgiu quando Tarsila do Amaral presenteou seu marido, Oswald de Andrade, com a sua obra – a tela Abaporu.
O Movimento da Escola da Anta, que fazia parte do Manifesto Verde-Amarelo, representava a proposta do nacionalismo primitivo, elegendo como símbolo nacional a anta, além de valorizar a língua indígena “tupi”.
Neste exercício, a alternativa incorreta é a letra A – “O manifesto Verde-Amarelo, formado por um grupo de escritores jovens, surgiu logo depois do Movimento Pau-Brasil e tinha como objetivo dar continuidade ao Romantismo, que focava o homem português como herói nacional”.
O equívoco desta afirmação se dá porque apesar de o manifesto Verde-Amarelo ter surgido em seguida do movimento Pau-Brasil, o mesmo confrontava as ideias deste. Além disso, o objetivo não era dar continuidade ao Romantismo, já que foi um movimento modernista, decorrente da Semana de Arte Moderna, seu objetivo era, através de textos patrióticos e ufanistas, exaltar e idealizar o país. Nesta realidade, o homem português (europeu) jamais poderia ser idealizado como herói nacional, já que o movimento buscava uma identidade nacional brasileira.
As demais proposições estão corretas ao se referirem ao Modernismo e aos seus manifestos.
O sorriso enigmático de Mona Lisa faz por merecer a multidão de turistas e a enxurrada de flashes que a registram todos os dias no Museu do Louvre, em Paris. Criada por Leonardo da Vinci no início do século XVI, a Gioconda é resultado da utilização de técnicas apuradíssimas e proporções corporais exatas, sem falar no famoso meio sorriso e no olhar enviesado. Mais do que uma revolução artística, porém, o que aquela criação testemunha é um período de transformações culturais e sociais que varreriam a Europa e dariam luz ao homem moderno. ASSIS, A. F. A razão brilha para todos. Revista de História, ano 9, n. 98, p. 18, nov. 2013.
Sobre a Europa, no período conhecido como modernidade, é correto afirmar que:
no campo das artes visuais, a preocupação em observar o mundo natural contribuía para que se buscasse representá-lo de forma mais realista. Para isso, contava-se com as transformações de outros campos do conhecimento como a matemática e a biologia.
a expansão da circulação de ideias com o advento da imprensa – graças à invenção dos tipos móveis de Gutenberg – tornou-se um poderoso fator de transformação social.
para o movimento humanista, o homem era a mais perfeita das criaturas e, por sua capacidade racional, seria o criador, o aventureiro, o sonhador, o dominador da natureza, mas tudo isso deveria estar subordinado à fé.
para a expansão dos seus negócios, a burguesia emergente necessitava que fossem desbancados alguns dos princípios religiosos que normatizavam a sociedade. Por isso, entre outras ações, ela incentivava e financiava muitos estudos de investigação científica.
muitos dos valores e manifestações culturais do mundo medieval, sobretudo no início dos tempos modernos, continuaram presentes na sociedade, por isso a modernidade europeia não deve ser percebida como uma ruptura completa com o medievo.
aos poucos, explicações sobrenaturais para as doenças, como espíritos malignos ou influência do demônio, eram substituídas por tratamentos racionais e científicos incentivados também pela Igreja.
impulsionada pelas novas formas de explicação do mundo, a Igreja Católica redefiniu seus dogmas através de um grande movimento que ficou conhecido como Reforma.
VALENTIM, R. Emblema 78. Acrílico sobre tela. 73 x 100 cm. 1978. Disponível em: www.espacoarte.com.br. Acesso em: 2 ago. 2012.
A obra de Rubem Valentim apresenta emblemas que, baseando-se em signos de religiões afro-brasileiras, se transformam em produção artística. A obra Emblema 78 relaciona-se com o Modernismo em virtude da:
simplificação de formas da paisagem brasileira.
valorização de símbolos do processo de urbanização.
fusão de elementos da cultura brasileira com a arte europeia.
alusão aos símbolos cívicos presentes na bandeira nacional.
composição simétrica de elementos relativos à miscigenação racial.
Sobre a Segunda Fase do Modernismo Brasileiro, pode-se dizer:
I. Foi caracterizada, no campo da poesia, pelo amadurecimento e pela ampliação das conquistas dos primeiros modernistas. II. Hermética, a valorização da linguagem rebuscada e metalinguística apresenta um certo desafio ao leitor iniciante. III. Os poetas do período tinham liberdade para escolher formas como o soneto ou o madrigal, sem que isso significasse uma volta às estéticas do passado, como o Parnasianismo. IV. Ênfase no conteúdo sonoro e visual, disposição assimétrica dos versos no papel, possibilidade de diversas leituras através de diferentes ângulos. V. No aspecto temático, a abordagem do cotidiano continuou sendo explorada, mas os poetas voltaram-se também para problemas sociais e históricos, além de manifestarem inquietações existenciais e religiosas que ampliaram as proposições da fase anterior.
Apenas II e IV são corretas.
I, III e V são corretas.
III, V e IV são corretas.
II, III e V são corretas.
Apenas IV está correta.