Lista de questões de vestibulares sobre o livro Urupês, do escritor Monteiro Lobato. Ler artigo Urupês.
Com relação a Urupês, de Monteiro Lobato, assinale a(s) proposição(ões) correta(s).
“Velha praga” e “Urupês” são ensaios nos quais o narrador delineia o comportamento do caboclo em relação ao meio ambiente e critica a idealização com que o caboclo fora retratado até então.
Não se entreveem, na obra, as circunstâncias socioeconômicas que tornam o brasileiro do campo um alienado.
As características morais, físicas e sociais do Jeca Tatu mostram um personagem em estado natural, vítima de uma civilização que desconhece e que o oprime.
A novidade estilística dos contos está na reprodução da oralidade e do coloquialismo da fala do homem brasileiro, tanto o rural quanto o citadino.
De maneira singular, o livro é um documento a favor de uma estética passadista, academizante.
As proposições verdadeiras com relação ao livro Urupês, de Monteiro Lobato, são: 1 e 4.
A proposição 2 está incorreta, pois a obra é resultado da revolta do autor contra os sertanejos do Brasil, aos quais ele responsabiliza pelos incêndios constantes no campo. O tempo todo ele faz críticas às circunstâncias socioeconômicas em que vivem as pessoas caipiras.
A proposição 8 está incorreta, pois o autor reproduz a oralidade e o coloquialismo somente do homem rural, retratando pessoas típicas da região.
A proposição 16 está incorreta, pois o Modernismo, estética da qual faz parte o livro Urupês, na verdade veio combater a estética passadista e academizante, e propor uma nova forma de fazer literatura, expressando melhor a linguagem popular e coloquial, e no caso de Monteiro Lobato, a linguagem regional.
A respeito do livro Urupês (1918), de Monteiro Lobato, é correto afirmar:
É nos artigos “Velha Praga” e “Urupês” que se desenvolve a caracterização do personagem Jeca Tatu, caboclo preguiçoso e soturno. Nos textos ficcionais, Jeca Tatu não é personagem e os personagens não se assemelham a ele.
Vê-se no caboclo Jeca Tatu e nos demais caipiras um prenúncio das personagens infantis de Monteiro Lobato, especialmente de Emília, a Marquesa de Rabicó, que surge pela primeira vez no livro Reinações de Narizinho.
O espaço dos contos é a fictícia Itaoca, exemplo de cidadezinha afastada de centros urbanos, de vida monótona, criticada pelo narrador como região atrasada e tradicionalista. Sua caracterização é detalhada especialmente no conto “Os Faroleiros”, o primeiro texto ficcional do livro.
Espaço, personagens e ação estão integrados nos contos e artigos de Urupês: as descrições da natureza muitas vezes estão diretamente relacionadas com a caracterização de personagens ou com o enredo, como nos contos “Bocatorta”, “O Matapau”, “Bucólica” e “O Estigma”.
A referência a escritores da literatura mundial (como Shakespeare, Maupassant e Kipling) é um recurso intertextual frequente nos contos de Urupês, denotando a ampla cultura das personagens do meio rural.
A afirmativa correta a respeito do livro Urupês, de Monteiro Lobato, é a letra D – “Espaço, personagens e ação estão integrados nos contos e artigos de Urupês: as descrições da natureza muitas vezes estão diretamente relacionadas com a caracterização de personagens ou com o enredo, como nos contos Bocatorta, O Matapau, Bucólica e O Estigma”.
A letra A está incorreta, pois nestes dois contos Jeca Tatu é a principal personagem, e as demais personagens se assemelham a ele, visto que o autor propõe a figura do caboclo como brasileiro idealizado, em substituição ao índio, proposto anteriormente pelo Romantismo.
A letra B está incorreta pois não há esta relação entre Jeca Tatu e as personagens de Reinações de Narizinho. São personagens diferentes.
A letra C está incorreta pois o conto “Os Faroleiros” destoa do restante da obra, pois além de não ser regionalista, é ambientado no litoral.
A letra E está incorreta, pois a obra ressalta o atraso intelectual nas personagens do meio rural, e não a cultura das mesmas.