As derivadas possuem diversas aplicações na matemática, física, geometria,economia, entre outros. O conceito inicial do cálculo de derivadas remete ao que chamamos de taxa de variação.
Taxa de Variação:
Seja 𝑦 = 𝑓(𝑥), a taxa média de variação de 𝑦 com relação a 𝑥 sobre um intervalo [𝑝, 𝑥] é dada por:
Podemos obter esta definição partindo de um exemplo gráfico. Supondo, por exemplo, um problema que consiste em definir a reta tangente ao gráfico de uma função 𝑓 no ponto (𝑝, 𝑓(𝑝)). Esta reta deve passar então pelo ponto (𝑝, 𝑓(𝑝)). O que nos resta agora, para definir tal reta, é atribuirmos o seu coeficiente angular. Considere que exista uma reta 𝑟 que passe pelos pontos (𝑝, 𝑓(𝑝)) e (𝑥, 𝑓(𝑥)), ou seja, que é secante a 𝑓:
Por definição, temos que o coeficiente angular 𝑚 da reta 𝑟 (ou 𝑚𝑟) é dado por:
Em outras palavras, quando 𝑥 tende a 𝑝, o coeficiente angular 𝑚𝑟 tende a𝑓′(𝑝). Apresentadas as noções de taxa de variação, abaixo seguem as definições de derivada:
Definição 1: Seja 𝑓 uma função e 𝑝 um ponto do seu domínio. O limite:
quando existe e é finito, o chamamos de derivada de 𝑓 em 𝑝 e indica-se por 𝑓′(𝑝). Ou seja:
Se 𝑓 admite derivada em 𝑝, então dizemos que 𝑓 é diferenciável ou derivável em 𝑝.
Definição 2: Seja 𝑓′(𝑝) a derivada da função 𝑓 em 𝑥 = 𝑝. Se considerarmos uma pequena variação de 𝑥 onde 𝑥 = 𝑝 + ℎ, então fazer 𝑥 se aproximar de 𝑝 é o mesmo que fazer ℎ tender a zero. Em outras palavras:
Desde que o limite acima exista.
Notações:
Existem diversas notações para a derivada de uma função. Porém, todas elas no final, representam a mesma coisa. Abaixo alguns exemplos com a forma com que devemos “ler” a notação:
“𝑓 linha de 𝑥” | |
Derivada da função 𝑦 em relação à 𝑥. (𝑦 = 𝑓(𝑥)) | |
Derivada da função 𝑓(𝑥) em relação a 𝑥 | |
Derivada de 𝑓 em relação a 𝑥 |
Exemplos:
1) Seja a função 𝑓(𝑥) = 𝑥², vamos calcular 𝑓′(𝑥) e depois, 𝑓′(3). Partindo da definição 2, podemos dizer que:
Como obtemos o valor de 𝑓′(𝑥) então agora podemos calcular, facilmente, 𝑓′(3):
2) Agora, vamos calcular 𝑓′(2) sendo
Podemos, a partir da definição 1:
Podemos manipular algebricamente a expressão do denominador e concluir que
Referências Bibliográficas:
GUIDORIZZI, Hamilton L. Um Curso de Cálculo: Volume 1. Rio de Janeiro: Editora LTC, 2001.
PISKUNOV, N. Cálculo Diferencial e Integral: Volume 1. Moscou: Editora Mir, 1977.
ROGAWSKI, Jon. Cálculo: Volume 1. Porto Alegre: Bookman, 2009.