Podemos classificar funções matemáticas a partir de algumas propriedades que as definem. Vamos estudar funções injetoras, porém vale relembrar o conceito de função:
Uma função f (ou aplicação) é uma relação entre dois conjuntos quaisquer, A e B, e uma regra que permite associar a cada elemento de A um único elemento de B. Isto quer dizer, em linguagem matemática, que:
f : A → B
Lê-se: f de A em B
Chamamos o conjunto A de Domínio da função e B o Contradomínio. É importante atentar-se à diferença entre função f, que é a própria função, e f(x) que é o valor da função em um determinado ponto x no seu domínio. Sendo assim, podemos dizer que para cada valor de x que pertence ao domínio A, existe um único valor y (ou f(x)) que pertença ao contradomínio B. Usualmente escrevemos:
Podemos representar uma função através de um diagrama, como no exemplo abaixo:
Função injetora
Dizemos que uma aplicação f: A → B é injetora (pode ser chamada de injetiva, biunívoca ou uma injeção) quando elementos distintos de A possuem imagens distintas em B, satisfazendo a condição:
Lê-se: Para quaisquer x1, x2 pertencentes ao conjunto A onde f(x1) é diferente de f(x2), então x1 é diferente de x2.
Também é chamada de função injetora quando a mesma satisfaz esta condição que é o contraposto a definição acima:
Lê-se: Para quaisquer x1, x2 pertencentes ao conjunto A onde f(x1) é igual a f(x2) então x1 é igual a x2.
Exemplo 1) Analisando a função
Se x=1 temos que:
Se x=-1 temos que:
Se para dois valores de x distintos obtivermos o mesmo valor em y então esta função não pode ser classificada como injetora.
Exemplo 2) Seja a função
Classificação de uma Função Injetora pelo seu Gráfico
Dado o gráfico de uma função f podemos identificar se ela é injetiva ou não. Se uma função é injetora então não há elementos do conjunto imagem que sejam imagens de mais de um elemento do domínio. Então, se traçarmos linhas paralelas ao eixo x do gráfico da função e estas interceptarem a função em mais de um ponto em relação ao eixo y então dizemos que esta função não é injetiva. Veja abaixo os exemplos:
Esta função acima não é injetora, pois se traçarmos linhas horizontais sobre o gráfico percebemos que estas linhas interceptam a função em mais de um ponto da reta.
Esta função acima é injetora. Observe que em cada reta horizontal intercepta o gráfico da função em um único ponto.
Leia também:
Referências Bibliográficas:
LIMA, Elon Lages. Um Curso de Análise: Volume 1. Rio de Janeiro: IMPA, 2017.
DOMINGUES, Hygino H; IEZZI, Gelson. Álgebra Moderna. São Paulo: Editora Atual, 1982.