O chá de hibisco, assim como o chá verde, tem propriedades medicinais, e com esse intuito tem sido cultivado no Brasil, através da iniciativa da bióloga Lúcia Helena, que se dedica a investigar substâncias fitoterápicas há pelo menos 20 anos. Seguindo esse percurso ela deparou com o cálice das flores de uma espécie conhecida como Hibiscus sabdariffa, que provém da Ásia, especialmente da Índia, e da África.
Hoje a cientista se empenha em elaborar o chá de hibisco consumido no Brasil, o qual atua no aceleramento do metabolismo, além de impedir o aparecimento do diabetes de tipo 2, de reduzir a produção do colesterol, bem como de diminuir os níveis de lipídio e glicose na circulação sanguínea.
Além do mais esta substância atua como calmante, é diurético e laxante, superando os benefícios oferecidos pelo chá verde, pois tem um baixo teor de cafeína. No Ocidente ela só se tornou popular depois que os indianos passaram a enviá-la para os EUA, a Alemanha, Inglaterra e França.
O cultivo do Hibiscus sabdariffa exige uma atenção maior, mas o resultado final é plenamente satisfatório, com o desenvolvimento de uma pequena planta perfeitamente agradável à visão, detentora de flores e folhas de intenso valor medicinal. Seu cálice é o elemento mais valioso em termos de produção alimentar.
Portador de antocianina, que integra o grupo dos flavanóides, sendo assim similar ao vinho, com a vantagem de não possuir álcool em sua composição; e de mucilagem, pigmentos flavonóicos, acido tartárico, málico, cítrico e hibístico, fitosteróis, como o sitosterol, campestrol, ergosterol, estigmasterol, ele traz vastos benefícios à saúde do organismo.
Este chá atua também como antioxidante, adia o envelhecimento da pele, além de ser abundante em cálcio. Ele também é utilizado na fabricação de produtos alimentares, como geléias, chutneys, coberturas, molhos de pimenta e temperos, podendo assim ser amplamente empregado para a confecção de pratos gastronômicos finos, como cogumelos shitake, salmão e queijo Brie, entre outros.
Só recentemente a produção do chá de hibisco se nacionalizou, pois há dez anos ele era obtido apenas como um produto importado. A bióloga Lúcia Helena ganhou várias sementes de um agrônomo recém-chegado da Alemanha, e a partir de então se encantou com esta substância largamente utilizada entre egípcios, gregos, jamaicanos e espanhóis.
O hibisco pode igualmente ser consumido na forma de suco, com uma colher de chá da flor mergulhada em um litro de água de um dia para o outro. Depois é só misturar no liquidificador com as frutas preferidas. Como chá basta colocar o produto em água quente e deixar ferver por três minutos. Ele pode ser consumido aquecido ou gelado, dependendo da temperatura ambiente e do gosto de cada um. Seu sabor é levemente azedo, ideal para os brasileiros.
Fontes:
http://www.pharmecum.com.br/atual_jornal.cfm?jor_id=6148
http://www.flordoshibiscus.com.br/pt/
Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/medicina-alternativa/cha-de-hibisco/