Fitoterapia

Por InfoEscola
Categorias: Medicina Alternativa
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Por Marlene Amariz

A palavra Fitoterapia vem do grego e deriva dos termos: Therapeia (Tratamento) e Phyton (Vegetal). Trata-se de uma terapêutica que utiliza-se de plantas medicinais como matérias-primas ( flores, raízes, folhas, caule,frutos), que através de seus princípios ativos produzem efeitos farmacológicos, medicinais, cosméticos, alimentícios e coadjuvantes técnicos, usados nas preparações farmacêuticas que resultam em fitoterápicos em suas diversas formas, tais como: cápsulas, extratos, pomadas, tinturas, cremes, etc. com a finalidade de auxiliar no tratamento de doenças, manutenção e recuperação da saúde.

A Fitoterapia é considerada uma cultura, conhecida e praticada pelas antigas civilizações, e atualmente vem ganhando cada vez mais popularidade em todo o mundo. No entanto, deve-se ter cautela no seu uso, ter conhecimento da sua origem, de que forma foi manipulado, sabendo-se que um produto natural também tem efeitos colaterais, que as plantas de origem também tem substâncias tóxicas, podem induzir à reações alérgicas, podem ter contaminação por agrotóxicos e metais pesados, além de eventualmente ocasionarem interação com outras medicações, e mal utilizados poderão até provocar câncer. Desta forma, todo fitoterápico, assim como os medicamentos convencionais deverão ser utilizados sob orientação médica.

A fitoterapia é o tratamento de doenças e sintomas com a utilização de plantas. Foto: 13Smile / Shutterstock.com

Legislação

Desde março de 2004, no Brasil, a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), estabeleceu regulamentação para garantir a qualidade de medicamentos fitoterápicos para o consumidor, entre muitos itens de fiscalização está o critério obrigatório de comprovação de eficácia e segurança, e o fitoterápico não deve ter em sua composição substâncias ativas isoladas, ainda que sejam de origem vegetal.

Princípios ativos

Uma da principais prioridades da farmacologia em relação aos fitoterápicos é o estudo dos mecanismos de ação das plantas medicinais e isolamento de seus princípios ativos, ou seja, a substância ou seu conjunto que é responsável pelos efeitos terapêuticos.

Todo princípio ativo terapêutico é benéfico dentro de um intervalo de quantidade - abaixo dessa quantidade, é incapaz de realizar efeito e acima disso passa a ser tóxico.

Em todas as partes do mundo existe uma grande quantidade de plantas medicinais, porém, no período em que esses estudos estão sendo realizados, e que ainda não se isolou o princípio ativo, as plantas medicinais são utilizadas de forma caseira, através de chás, ultradiluições, ou industrialmente com o extrato homogêneo da planta, neste último método, os riscos de contaminações poderão ser minimizados, através do controle de qualidade da matéria-prima.

Á medida que esses princípios ativos são descobertos, os mesmos são isolados e refinados com a finalidade de eliminar agentes tóxicos e contaminações e as doses tóxica e terapêutica são bem estabelecidas, de modo a determinar de forma precisa as doses eficazes de tratamento e ainda interações desse fármaco com os demais.

Atenção ao uso

Existem porém dois riscos, em relação à industrialização. O primeiro refere-se ao fato de que pesquisas realizadas com as matérias-primas podem não ter dados suficientes quando confrontados à experiências de milênios e o segundo refere-se ao fato de que quando realiza-se a extração do princípio ativo, “deixa-se para trás” outros elementos das plantas que em seu estado natural conserva as suas devidas proporções e tal fato poderia acarretar o efeitos colaterais indesejáveis e desconhecidos quando na ocasião do consumo.

Por todas as informações esplanadas, conhecemos um pouco sobre os benefícios e prejuízos dos fitoterápicos, que como qualquer outro medicamento, deve ser utilizado com cautela e segundo orientação médica.

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