A esofagostomíase é uma parasitose que afeta os animais, que tem como agente etiológico parasitas pertencentes ao gênero Oesophagostomum. Nos casos dos ruminantes, as espécies patogênicas são O. columbianum e O. radiatum, enquanto que nos suínos, a espécie patogênica é a O. dentatum.
Este verme causa nódulos mineralizados subserosos que são característicos da afecção. Normalmente, esses nódulos não apresentam significado clínico, mas deixam o intestino em condições inadequadas para uso na fabricação de lingüiça e salsicha. Ocasionalmente, são associados como causa de intussuscepções (invaginação de um segmento do intestino).
As larvas de terceiro estádio são ingeridas, penetram profundamente na parede do intestino delgado, encistam-se e passam por muda, alcançando o quarto estádio evolutivo, o qual sofre maturação no cólon. Estas podem encistar-se na parede do cólon e originar nódulos subserosos mineralizados, apresentando de 0,5 a 1,5 cm de diâmetro, no número de 50 a 100, ou então, maturar para vermes adultos.
A doença é mais intensa em animais nutricionalmente debilitados. A maior parte das infecções é assintomática; todavia, nos bovinos, o O. radiatum pode produzir inapetência, hipoproteinemia resultante dos danos ocorridos nas junções adesivas dos enterócitos (células do intestino) e anemia e hemorragia, em consequência da coagulopatia de consumo induzida pelos parasitas. Nódulos também podem se formar, bem como nas ovelhas. Em suínos, habitualmente esta é uma doença assintomática, embora possa haver desenvolvimento inadequado e inapetência secundariamente à tiflocolite (inflamação do ceco e do cólon).
Quando observados à microscopia, esses nódulos apresentam-se como fragmentos de parasitas e material necrótico caseoso centralmente, eosinofílico e reação granulomatosa em sua periferia, além de apresentar células gigantes do tipo Langhans.
Fontes:
Bases da Patologia em Veterinária – M. Donald McGavin e James F. Zachary. Editora Elsevier, ed. 4°, 2009.
https://web.archive.org/web/20090823145942/http://www.ufsm.br:80/lpv/aulas/claudio/ptg1001digestorio_poli.pdf
Foto: http://www.rvc.ac.uk/review/parasitology/pigL3/Oesophagostomum.htm