Piometra é uma infecção bacteriana no endométrio, em consequência de um prolongado estímulo hormonal. A invasão bacteriana é facilitada pelo acúmulo de líquido no lúmen uterino e glândulas endometriais, em conjunto com da diminuição da contratilidade do miométrio que é causada pelo hormônio progesterona.
Em cadelas, esta é uma patologia comum, sendo que a patologia primária, normalmente se deve a uma hiplerplasia endometrial cística, gerada pela contínua exposição do endométrio a progesterona, durante um certo período de tempo.
Como nas cadelas o diestro é muito longo, estas ficam mais predispostas ao aparecimento de piometra. A hiperplasia uterina somada à diminuição das defesas celulares e imunitárias locais, propiciam ótimas condições para a multiplicação de bactérias da própria flora existente na vagina.
A bactéria mais comumente associada a esta patologia é a Escherichia coli, podendo também isolar outras, como Sthaphylococcus sp, Streptococcus sp, Klebsiella sp, Pseudomonas sp, Proteus sp e Pasteurella sp. Nos casos de piometra causada por E. coli, pode haver a evolução para insuficiência renal.
A piometra pode ser classificada de duas maneiras:
- Primeira classificação: é feita uma divisão das fêmeas acometidas em jovens e idosas. No primeiro caso, normalmente está relacionada à terapia de estrógeno e progesterona exógenos. Já em fêmeas idosas, há uma relação maior cm a longa e repetida estimulação pela progesterona na fase lúteínica, em maior freqüência em fêmeas que nunca emprenharam.
- Segunda classificação: é feito de acordo com a apresentação. Quando há secreção vaginal e cérvix aberta, é chamada de piometra aberta; quando há distensão abdominal e cérvix fechada, é chamada de piometra fechada.
Os sinais clínicos aparecem, geralmente, um mês após o término do último cio, que são: anorexia, depressão, febre, aumenta a ingestão de água e, em consequência, aumento do volume urinário; vômito, em casos de cérvix aberta, há a presença de um corrimento espesso, de coloração castanha e fétido.
O diagnóstico é feito através da técnica de ultra-sonografia, que é capaz de avaliar tamanho e espessura do útero, e algumas vezes, o tipo de secreção acumulada no lúmen uterino.
O tratamento recomendado é a ováriohisterectomia, ou seja, a retirada dos ovários, trompas e útero.
Fontes:
https://web.archive.org/web/20171103161223/http://www.webanimal.com.br:80/cao/index2.asp?menu=piometra.htm
https://web.archive.org/web/20101202024515/http://forumleaodarodesia.forumeiros.com:80/saude-f12/piometra-nas-cadelas-t133.htm
https://web.archive.org/web/20120210210630/http://www.petsuper.com.br:80/piometra.htm
Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/medicina-veterinaria/piometra-em-cadelas/