Diagnóstico de Morte

Por Débora Carvalho Meldau

Graduada em Medicina Veterinária (UFMS, 2009)

Categorias: Medicina
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Até  pouco tempo, o critério utilizado para apontar que alguém havia morrido era a parada da respiração, juntamente com a parada cardíaca. Nos dias atuais, o diagnóstico de morte é dado em casos de morte encefálica, que é quando ocorre a parada irreversível do funcionamento do organismo como um todo, sendo o todo maior do que a soma de partes.

Apesar disso, é complicado determinar o exato instante da morte, pois ela não é um acontecimento imediato, e sim um sequenciamento de fenômenos gradativos ocorridos nos diversos órgãos e sistemas do organismo que mantém a vida. Contudo, atualmente já é possível precisá-la prematuramente, em consequência dos novos meios semiológicos e instrumentais existentes.

Como existe a possibilidade de doação de órgãos, é de extrema importância que seja mantida uma circulação e sangue oxigenado aos tecidos do organismo, mesmo que o processo de morte seja irreversível.

Foi aprovada pelo Conselho Federal de Medicina a Resolução CFM n°1480, de 8 de agosto de 1997, dispondo a respeito de novos critérios de verificação de morte encefálica. Esta atualizou as normas anteriormente editadas, reduzindo seu limite de idade e concebendo um termo de declaração de morte encefálica para ser completado no hospital ou local onde foi verificado o óbito. Os parâmetros clínicos para determinar a morte encefálica estão apontados na valorização do coma aperceptivo, estando ausente atividade motora supra-espinhal e de apnéia. Ausência de atividade metabólica cerebral ou ausência de perfusão sanguínea cerebral são exames complementares padronizados para que haja a confirmação de morte.

Logo, somente pode-se dizer que houve morte, se houver lesões irreversíveis em todo o encéfalo. Esse critério, além de ser tecnicamente confirmado mais fácil e seguramente, mantém um paciente que se encontra em coma, que apresenta funções vitais sem o auxílio de aparelhos.

Fontes:
https://web.archive.org/web/20070611065706/http://www.fmrp.usp.br/revista/2005/vol38n1/2_morte_consideracoes_pratica_medica.pdf
http://www.spmi.pt/revista/vol12/vol12_n1_2005_06-10.pdf
https://web.archive.org/web/20190107225615/http://www.anestesiologia.com.br/artigos.php
http://www.consultormedico.com/artigos/artigos/criterios-atuais-para-o-diagnostico-de-morte.html

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