A eletroconvulsoterapia (ECT), antigamente conhecida como eletrochoque, consiste em um tratamento psiquiátrico eficaz e seguro, no qual são induzidas alterações na atividade elétrica cerebral por meio de passagens de corrente elétrica, com o paciente sob anestesia geral. Tem sido utilizada para tratar quadros graves de depressão, além de catatonia, mania, esquizofrenia, doença bipolar e epilepsia.
Trata-se de um método terapêutico que gera muita controvérsia, sendo, até os dias de hoje, interpretada por muitas pessoas como um tratamento doloroso, antiquado ou tortura. Esta técnica foi introduzida como tratamento no ano de 1930, passando a ser amplamente utilizada entre a década de 40 e 50. Nesse período, foram descobertas as drogas antipsicóticas e antidepressivas, o que implicou em uma imagem negativa da ECT. No entanto, quando os profissionais da área começaram a observar as limitações dos fármacos no tratamento de doenças psiquiátricas, o interesse pela ECT passou a aumentar. A partir da década de 70, houve o aprimoramento da técnica, permitindo o controle preciso da carga fornecida, oxigenação, uso de anestésico, relaxamento muscular e monitoramento das funções vitais.
Especialistas acreditam que a ECT não deva ser utilizada como um tratamento de eleição, mas sim nos seguintes casos:
- Quando os medicamentos não são eficazes;
- Pacientes debilitados ou idosos
- Quando há risco de suicídio iminente;
- Presença de sintomas catatônicos;
- Presença de sintomas psicóticos graves;
- Gestantes com sintomas psicóticos;
- Síndrome neuroléptica maligna.
A ECT pode ser feita de três formas:
- Colocação de eletrodo;
- Frequência de tratamento;
- Estímulo com onda elétrica.
Os efeitos colaterais mais comuns da ECT incluem:
- Dores de cabeça;
- Rigidez muscular;
- Confusão mental, em decorrência dos anestésicos ou tratamento;
- Náuseas.
Esta forma de tratamento é contraindicada em casos de tumores, histórico de infarto ou arritmia cardíaca, uso de marca-passo, aneurisma, deslocamento de retina, feocromocitoma e doenças pulmonares.
Fontes:
http://www.ipan.med.br/ect.phphttp://pt.wikipedia.org/wiki/